Evento está cercado de polêmica por causa da forma de realização.

Por orientação do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar a audiência pública que acontecerá no Estádio Douradão na noite desta quinta-feira para discutir a evasão e a violência nas escolas terá que ser feita em duas datas diferentes.

A Promotoria da Infância e da Juventude havia convocado os pais de mais de vinte mil alunos das escolas das redes municipal e estadual de ensino para a audiência no Douradão.

Acontece que o estádio que tem capacidade para até 30 mil pessoas está parcialmente interditado por falta de segurança. Apenas uma parte das arquibancadas está liberada pelo Corpo de Bombeiros e que não pode receber mais que 7.900 mil pessoas.

Por causa deste fato os organizadores resolveram realizar a audiência em duas etapas. Nesta quinta-feira deverão comparecer ao estádio apenas os pais dos alunos que estudam nas escolas estaduais. Na noite do dia nove de junho será a vez da reunião com os pais das escolas da Rede Municipal.

Um comunicado sobre esta nova deliberação foi emitido na manha de hoje. Enquanto a convocação foi assinada apenas pela promotora da Infância e Juventude Patrícia Barbosa Lima, o documento de vem com as assinaturas dela; do Tenente Coronel Carlos Silva comandante do 3° Batalhão de Polícia Militar, do comandante 2° Grupamento de Bombeiros Tenente Coronel Flávio Pereira Guimarães e do diretor de Coordenadoria Regional de Educação Nei Elias Coinethe de Oliveira.

Nesta audiência pública a Promotoria quer discutir com pais a implantação do projeto “Proceve – Programa de Conciliação para Prevenir a Evasão e a Violência escolar”. O palestrante será o procurador de Justiça Sérgio Fernando Harfouche que durante muitos anos desenvolveu projetos neste sentido em Campo Grande.

A forma de convocação dos pais suscitou muita polêmica entre os pais, principalmente nas redes sociais, ela forma como ela foi feita. Na “convocação”, a Promotoria elaborou uma carta que está sendo enviada pelas escolas aos pais dizendo que a presença é obrigatória na Audiência Pública. Aquele pai que não puder ir terá que justificar a ausência caso contrário poderá receber uma multa de três a vinte salários mínimos.

Mesmo com a divisão da audiência em duas datas as polêmicas continuam porque muitos pais terão que gastar R$ 7,00 com o transporte coletivo para chegar até o estádio. A direção da empresa de ônibus chegou a anunciar a ampliação de ônibus na noite da audiência e mais ônibus ligando a Estação de Transbordo até o Douradão.