Pacientes sofrem com falta de medicamentos fornecidos de graça na Capital

Faltam 320 itens, entre medicamentos e insumos

Pacientes que dependem de remédios fornecidos de graça pelo Sistema único de Saúde (SUS) em postos de Campo Grande estão enfrentando dificuldades Ao todo, faltam 320 itens, entre medicamentos e insumos, e ainda não há previsão de quando o problema será resolvido.  Com o abastecimento desfalcado, a espera pode chegar a quatro meses

Antes de prescrever a medicação, o médico atento à precariedade do estoque da rede, pergunta ao paciente: “Você tem dinheiro para comprar?”. E logo justifica: “Porque na farmácia não tem”. O exemplo, apesar de espantoso, é praticamente normal, avisou um paciente.

Na fila de espera por uma consulta do Centro Regional de Saúde do Tiradentes, a paciente conta que tem problema cardíaco e que desde setembro o medicamento utilizado em seu tratamento não está disponível. “Essa foi a última vez que consegui aqui, aí o jeito é procurar em farmácia particular, ele está na lista de genéricos distribuídos de graça”, explica.  

O problema tem afetado inclusive o atendimento infantil. Além de antibióticos, sumiram das prateleiras o Bromoprida injetável, Paracetamol em gostas e até Dipirona. Em algumas unidades não há sequer coletores para exames.

Em nota, a secretaria de saúde do município reconheceu o problema, e disse que situação não é novidade, mas não explicou o motivo do desabastecimento. A pasta informou que por determinação do prefeito Marcos Trad (PSD), todos os processos de compra que estavam em andamento passaram por uma revisão e foram reencaminhados.

A nova previsão é de de parte dos mais de trezenos medicamentos indisponíveis seja normalizada em 30 dias, mas ainda sem data certa para o fim do problema em toda a rede.  A última licitação para a compra dos itens foi aberta no dia 11 de janeiro, para a aquisição de 29 itens de medicamentos.