Cobrança é feita por tabela popular
Liberado no dia 1º de maio em Campo Grande, o aplicativo K-rona Gold, um dos concorrentes da Uber, não será afetado pelo decreto que regulamenta a atividade de motoristas de aplicativos de carona paga. É o que garante Wagner Antônio Peres Severino, gerente regional do K-rona Gold para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
A plataforma aceita o cadastro de motoristas de carros particulares e táxis e cobra uma taxa fixa mensal de R$ 270,00 por aplicativo. “Trabalhamos com plataforma de locação e não porcentagem. Não pegamos dinheiro nem do passageiro nem do motorista. O dinheiro é do motorista. No fim do mês é gerado boleto 270 para o motorista, independente do quanto ele ganhou”, explica Wagner. “Estamos cobrando abaixo da tabela popular e tabela popular é isenta de impostos”, acrescenta.
Mesmo que a Prefeitura viesse a obrigar a empresa a pagar os 7% sobre o que recebe dos motoristas, Wagner diz que a quantia seria pequena. “Para nós os 7% não influenciariam, porque daria menos de 20 reais pra Prefeitura”, contabiliza.
Escolha
Uma das diferenças entre o K-rona Gold e a Uber é que ao abrir o aplicativo, o usuário pode escolher entre uma corrida de táxi ou de carro particular. O preço para uma viagem com carro particular é composto de R$ 3,50 pela partida e R$ 1,00 pelo quilômetro rodado. Já no táxi, a partida custa R$ 4,00 e o quilômetro, R$ 1,30.
Em Campo Grande há cerca de 350 motoristas que fazem e média 6 a 7 viagens diárias, afirma Wagner.
Wagner adianta quem no dia 1º de julho será liberado para os usuários o aplicativo K-moto, onde será possível escolher entre os serviços de mototáxi e motoboy. “Campo Grande será a primeira cidade do Brasil a receber aplicativos que unem todas as classes – particulares, taxistas, mototaxistas e motoboys”, finaliza.
Decreto
Está para ser republicado o decreto que regulamenta a atividade de motoristas que trabalham com aplicativos de carona paga em Campo Grande. O decreto inicial foi publicado em fevereiro e suspenso durante três meses, enquanto aconteceram reuniões entre diversas lideranças para deliberação de ideias.
Pelo novo decreto a Uber terá de recolher 7% do valor que retém dos motoristas, que é de 25%, sobre o quilômetro rodado. Além disso, a norma obriga que motoristas passem por capacitação e que os automóveis estejam no nome do próprio motorista e tenham no máximo 5 anos de fabricação.
* Matéria editada às 18:00 para adição de informações.