Greve dos funcionários dos Correios é mantida no Estado
Greve começou no dia 20 de setembro
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Greve começou no dia 20 de setembro
Há 9 dias parados, os trabalhadores da ETC (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) decidiram manter a greve no Estado. A decisão foi tomada após uma reunião na manhã desta sexta-feira (29), na sede do Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de MS), e segue a orientação da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores nos Correios), que mantém a paralisação em todo o país.
No Estado, são 42 municípios afetados, com 20 unidades totalmente paradas e outras parcialmente. Conforme a presidente do sindicato, Elaine Regina de Souza, a empresa não esperava por uma greve nacional, apelando para a intimidação dos trabalhadores. “Estão fazendo todo tipo de pressão. Estão cortando os dias parados antes mesmo da negociação e de julgamento no TST [Tribunal Superior do Trabalho]”, disse, em comunicado à imprensa.
Sobre a decisão do juiz do TST decretando a greve abusiva, os sindicatos a consideraram contraditória e questionável legalmente. “Estamos na data-base da categoria, o Acordo Coletivo expirou no dia 31 de julho, notificamos a empresa no devido prazo legal a respeito da greve, então porquê é abusiva? A Federação já entrou com um recurso e a greve continua”, falou Elaine.
A presidente do Sintect-MS considerou abusiva as políticas de destruição trabalhistas, de ataque ao Plano de Saúde dos funcionários, de fechamento de agências em localidades como a de Quebra-Côco. “Muitos abusos estão sendo cometidos nos Correios e muitos abusos estão ocorrendo neste país. Mas certamente não somos nós trabalhadores que estamos cometendo esses abusos. Abusivo é o que o Governo Temer está fazendo com as leis trabalhistas, com a previdência. E nossa greve, na data-base repito, por reajuste salarial e manutenção de direitos é que é abusiva?”, finalizou.
Reivindicações
O sindicato informou que a categoria reivindica 8% de aumento salarial e a manutenção de direitos como tíquete alimentação, férias e o plano de saúde. Além disso a categoria exige realização de concurso público, pois haveria falta de funcionários em diversos setores. A categoria reivindica também o não ao fechamento de agências e é contra a privatização dos Correios.
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