Profissionais são da área de Pedagogia e Magistério
Servidores municipais que atuam em Ceinfs (Centro de Educação Infantil) foram, na manhã desta segunda-feira (9) à Prefeitura de Campo Grande, cobrar o enquadramento dos profissionais -que possuem graduação em Pedagogia e Magistério- na categoria de professores. O grupo afirma que a mudança é amparada na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e que diversas do Brasil e no Estado já realizaram as mudanças.
O concurso para provimento dos cargos de educador infantil foi feito em 2006, com a exigência de magistério de 4 anos ou nível superior. Os profissionais explicam que atuam como professoras e, por tanto, estariam em desvio de função. Eles também trabalhavam, até junho de 2015, com carga horária de 8 horas diária, enquanto os servidores administrativos 6 horas e os professores, 20 horas semanais.
Isaura Soares do Santos, 42 anos, é uma das profissionais que foi até à Prefeitura. Ela explica que sempre a categoria é tratada pelo Município como administrativo, porém, o trabalho feito é de professor.
“Tem até uma confusão e não sabemos o que somos nos Ceinfs. Somos remunerados como recreadores e trabalhamos como professores. Várias cidades já fizeram o enquadramento como professor”, diz.
Segundo os profissionais, no Estado, Naviraí, Dourados e São Gabriel do Oeste já fazem o enquadramento na categoria de professores.
Os educadores também reclamam que por não ‘serem professores' , eles também não tem acesso aos cursos promovidos pela Semed (Secretaria Municipal de Educação), além do salário mais baixo.
Os vencimentos-base da categoria é de R$ 1,4 mil enquanto o dos professores, em torno dos R$ 2,5 mil.
“A lei nos dá esse direito. Não é uma coisa que queremos simplesmente. Estamos aparadas na LDB”, afirma Marilda Queiroz, 57 anos.
Na Prefeitura, uma comissão foi formada para ser recebida pela assessoria do Executivo e tentar marcar uma reunião com o prefeito Marquinhos Trad (PSD)
(Fotos: Luiz Alberto)