Depois de desistir de coronel, Funai não deve nomear coordenador em MS
Presidente do órgão quer reestruturação antes de nomeação
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Presidente do órgão quer reestruturação antes de nomeação
A coordenação da Funai (Fundação Nacional de Índio), em Campo Grande, deve permanecer vazia por tempo indeterminado. A informação é do presidente nacional do órgão, Antonio Fernandes Toninho Costa, que está em visita ao Mato Grosso do Sul. Em reunião com lideranças indígenas de aldeias urbanas da Capital, ele afirmou que a indicação, neste momento, seria apenas uma “troca de nomes”.
“O modelo que está hoje não está funcionando. Vamos reformular e não vamos mexer com a indicação de pessoas. Se não der condições e estrutura, será apenas uma troca de nomes”, disse Costa, que faz a primeira viagem administrativa desde que assumiu o órgão, há 20 dias.
A cadeira de coordenador da Funai está vazia desde 10 de novembro do ano passado, quando o então coordenador, o Terena Evair Borges foi exonerado de surpresa. Para o lugar dele, o presidente Michel Temer nomeou o coronel da reserva, Renato Vidal Sant’anna. Lideranças indígenas não aceitaram e o prédio da Funai ficou 11 dias ocupado. No atual cenário, a coordenação continuará a cargo do coordenador interino José Resina Fernandes Júnior.
O presidente da Funai afirmou que sofre “pressão política para a fazer a indicação” e ressaltou que não foi o responsável pela nomeação do coronel da reserva. Sem citar nomes, ele sugeriu às lideranças indígenas que ao estabelecerem contatos com parlamentares, peçam a liberação de emenda parlamentares e não, a indicação de nomes para a coordenação.
“Se cada um liberar R$ 1 milhão em emenda, serão no toal, R$ 8 milhões. Para que colocar coordenador aqui? A coordenação não é local de fazer política. É local de fazer política indígena”, afirmou Costa. O presidente da Funai prometeu ainda a mudança da sede da Capital, que possui problemas estruturais, “dentro de prazos legais”.
O presidente da Funai disse que Mato Grosso do Sul estaria em uma perspectiva contrária e que “não adianta fazer retomada se não houver condições de trabalho nas terras.
Sobre a questão dos conflitos entre índios e fazendeiros, especialmente na região do Estado, onde confrontos em retomadas já causaram mortes, Costa usou tom conciliador citando que os indígenas devem ter a “Funai como amiga” e disse que vai buscar negociação com o governo do Estado.
“Estivemos no Conesul e há necessidade de diálogo para uma solução pacífica. Vamos retomar à mesa de negociação com o governo do Estado e buscar uma solução que não venha trazer prejuízo à fazendeiros e a indígenas”.
Aldeias urbanas
Os caciques representantes das aldeias urbanas de Campo Grande expuseram a situação das comunidades e a principal reivindicação foi a habitação. Eles afirmam que vivem em situações precárias de infraestrutura e que muitos, são assalariados e pagando aluguel, ficam em situação de dificuldades.
O cacique Romualdo da aldeia Santa Mônica pediu o presidente da Funai que as aldeias urbanas sejam lembradas e inseridas no orçamento do órgão. “Não viemos aqui [para a cidade] para nos aventurar. Viemos devia à grande dificuldade de morar em uma aldeia indígena”.
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