Entre as reivindicações estão o abandono da privatização

As agências dos Correios de Mato Grosso do Sul aderem à greve geral a partir das 22 horas desta quarta-feira (26), de acordo com nota emitida pelo Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de Mato Grosso do Sul). Outras categorias fazem a greve geral nesta sexta-feira (28).

Em assembleia realizada nesta terça-feira (25) foi deliberada greve  por tempo indeterminado, seguindo a FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhdores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares).

Ainda segundo a categoria, a última tentativa de conciliação para evitar a greve ocorreu nesta terça em reunião do presidente da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), Guilherme Campos. 

De acordo com a presidente do Sintect-MS, Elaine Regina Oliveira, a direção da empresa não cedeu em nenhum ponto das reivindicações e, dessa forma, as federações ratificaram o movimento paredista. 

“Nós queremos a negociação, mas essa direção dos Correios está intransigente. O governo Temer está determinado a levar até o fim o processo de desmonte dos Correios para promover a privatização. Infelizmente estão destruindo a imagem de uma empresa que sempre foi muito bem conceituada entre a população para justificar a privatização”

Entre as reivindicações  estão o abandono do plano de privatização, manutenção dos empregos e direitos adquiridos, não fechamento de agências (em MS já foram fechadas cinco e outras já foram anunciadas) e abertura dos livros contáveis da empresa. 

“Questionamos esse tão falado déficit dos Correios, que sempre foi uma empresa lucrativa e que repassa dinheiro para o governo federal gastar onde quiser. No ano passado foram mais de 300 milhões para as Olimpíadas, fora outros patrocínios. Como pode uma empresa que repassa tanto recurso para o governo ser deficitária. A federação contratou uma consultoria independente que fez um estudo bem fundamentado e temos elementos suficientes para afirmar que a

ECT é uma empresa auto-sustentável, lucrativa, que repassa recursos para o governo e oferece um serviço essencial em todos os municípios do país.”

 “Como os demais trabalhadores, nós também seremos prejudicados com essas alterações na aposentadoria e na legislação trabalhista”.