A tarifa poderia subir para R$ 3,80.

O Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), afirmou nesta quinta-feira (30), na Câmara Municipal, que suspensão da cobrança do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) dos empresários do transporte coletivo na Capital, vai adiar até outubro o aumento da passagem dos ônibus. Sem o acordo, a tarifa poderia subir para R$ 3,80.

O acordo entre o Consórcio Guaicurus e Marquinhos prevê isenção fiscal aos empresários por mais seis meses, portanto, até outubro deste ano, o que deve garantir a o congelamento da passagem em R$ 3,55. “Se não houvesse a isenção seria feito aumento imediato”, avisou o prefeito.

O impasse se arrastava desde março, quando a Prefeitura de Campo Grande anunciou que as empresas deixariam de ser isentas do pagamento do imposto, que não era cobrado desde 2013. Com a volta do tributo, os empresários alegaram que teriam de desembolsar em torno de R$ 700 mil a mais por mês, e a conta poderia ficar para o passageiro.

Para evitar o aumento, o prefeito fez um acordo e as empresas devem converter em investimentos o valor da isenção. Marquinhos Trad informou que os 9 terminais de ônibus da cidade serão reformados e terão os planos de acessibilidade executados. Além disso, o projeto do prefeito exige a instalação de cobertura em 100 pontos de ônibus.

A isenção fiscal foi autorizada aos empresários do transporte em 2013, e o benefício representou economia de R$ 40 milhões para as empresas. O faturamento anual do setor chegou a R$ 143 milhões e a volta da cobrança começaria em abril. De acordo com o cálculo base do tributo, de 0,5%, as empresas teriam de repassar R$ 781 mil por mês.

Apesar da isenção fiscal que garantia o congelamento das passagens, o Consórcio Guaicurus o fez durante os anos de benefício. O primeiro impacto no bolso do passageiro foi em 2012, quando a passagem chegou a R$ 2,85. No ano seguinte, o reajuste reduziu por duas vezes a tarifa, que passou a custar R$ 2,75 e depois R$ 2,70. Em 2014 os clientes voltaram a ser surpreendidos pela mudança no preço que subiu para R$ 3.

Em 2015, novamente, o valor foi ajustado e o Consórcio Guaicurus passou a cobrar R$ 3,25 por unidade. Em dezembro de 2016, o então prefeito Alcides Bernal autorizou um novo aumento, que passou para R$ 3,55.