VÍDEO: impedidos de trabalhar, catadores querem indenização de R$ 3 mil por trabalhador
Nova reunião com MPT será na tarde desta quarta-feira
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Nova reunião com MPT será na tarde desta quarta-feira
Representantes dos catadores de recicláveis que trabalhavam na ‘área de transição’, localizada entre os aterros sanitários Dom Antônio Barbosa I e Dom Antônio Barbosa II, fechada no dia 29 de fevereiro por decisão judicial, querem indenização de R$ 3 mil por trabalhador pelos dias não trabalhados. Eles alegam que a UTR (Usina de Triagem de Resíduos) não tem capacidade para atender a todos.
João Alves, que também trabalhava na área de transição destacou a necessidade de retornar ao trabalho. “Precisamos voltar a trabalhar com o projeto ou da forma que está. vamos entrar em contato com empresa que recebe o lixo reciclado. Queremos saber quanto recebem de material para que a Prefeitura nos indenize porque a área foi fechada e fomos impedidos de trabalhar”, justifica.
No dia 8 de março, os trabalhadores chegaram a trabalhar por uma hora na UTR até que foram impedidos de continuar as atividades por falta de capacitação. Em um acordo anterior, feito com a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Ritva Vieira, eles foram autorizados a trabalharem no local.
Além do impedimento por falta da capacitação exigida, os catadores alegam que cerca de 730 pessoas dependem direta ou indiretamente da coleta como fonte de renda e que a usina não tem estrutura para atender o número de trabalhadores.
Na última terça-feira (22), os catadores participaram de uma reunião no MPT (Ministério Público do Trabalho), no entanto, não houve nenhuma solução. Na ocasião, eles apresentaram notas referentes a venda dos materiais a fim de comprovar o valor que recebiam com o trabalho na área de transição.
Os trabalhadores pedem ainda a substituição do defensor Amarildo Cabral, titular da 40ª DPE com atribuições na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. “Queremos ser ouvidos e expor o que pensamos porque ninguém está defendendo a gente. É necessário reabrir o lixão ou voltar a área de transição. Não estamos fugindo de ir para a UTR, mas eles têm de achar uma solução”, ressalta o Júnior Braiaham, de 24 anos.
O catador diz ainda que encaminhou um projeto para a Prefeitura, que segundo ele, resolveria o problema da área de transição, mas não houve retorno. “Apresentamos um projeto para que sejam colocadas cinco ou seis baias na área de transição, todas impermeabilizantes para evitar contaminação do solo. Cada baia receberia 10 caminhões. O projeto foi encaminhado para a Prefeitura e não tivemos resposta”, afirma.
Representante do Fórum Municipal da Cidadania, Luiz Carlos, defende o posicionamento dos catadores. “Houve uma falha do Ministério Público do Trabalho na condução do processo. A Defensoria autorizou o fechamento, a Agereg deu um parecer que a UTR estava pronta, fortalecendo a queda da ação que mantinha a área de transição”.
A vice-governadora Rose Modesto (PSDB), também participou da reunião nesta manhã. “Acho que o mais importante é que eles querem ser ouvidos. Há decisão a acontecer hoje. É preciso encontrar uma saída. Sou a favor da decisão do MPE, eu já perdi um aluno na área de transição”, declara. A reunião com o Ministério Público do Trabalho será realizada às 14 horas.
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