Vereador eleito na Capital pede reintegração de universidade ocupada em MS

Ação foi protocolada em nome do movimento Pátria Brasil

O movimento Pátria Brasil, através do presidente nacional Vinícius Siqueira, protocou na Justiça, nesta terça-feira (8), pedido de reintegração de posse da UEMS (Univesdidade Estadual de Mato Grosso Sul), de Campo Grande, ocupada na última segunda-feira (7) por estudantes contrários a PEC que limita os gastos públicos.

Eleito vereador neste ano, Vinícius garante que o pedido não tem relação com cargo de parlamentar que passa a ocupar em janeiro de 2017, nem com o partido a qual é filiado, o Democratas. Ele diz que representa o movimento Pátria Brasil e que respeita o protesto, porém, que acredita que o movimento dos estudantes perde legitimidade ao invadir universidades públicas do País.

O vereador eleito explica ainda, que como presidente nacional do Pátria Brasil, também coordena pedidos semelhantes feitos nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. “Nossa preocupação é com a preservação do patrimônio público. As pessoas não podem usar esses locais como se fossem delas, impedindo e prejudicando terceiros que também têm direitos, neste caso ao de estudar”, completa.

O jornal Midiamax consultou o site dio TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), mas até o fechamento desta matéria, o processo não havia sido distribuído.  

Ocupação da UEMS

A ocupação das instituições públicas por estudantes, de escolas e de universidades, ganhou força no Estado, na última segunda-feira (8), com a ocupação da UEMS em Campo Grande.

Aproximadamente 300 pessoas entre universitários, servidores e comunidade participaram de assembleia que decidiu pela ocupação contra a PEC-241/2016 do Governo Federal, que congela os gastos públicos por vinte anos.

A UEMS possui aproximadamente mil alunos e nem todos os cursos aderiram à ocupação. O número de estudantes mobilizados também varia, pois há revezamento entre os manifestantes. Os manifestantes também são contra a reforma do ensino médio instituída pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso pelo presidente Michel Temer (PMDB).

Caso Jean- O presidente da associação Pátria Brasil, Vinícius Siqueira, foi quem protocolou, em abril deste ano, junto à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), que teria cuspido no colega Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a sessão de votação do pedido de impeachment da presdiente Dilma Rosseff (PT) no plenário da Casa).