Equipes da Prefeitura estão retirando entulho

Com apenas 20 barracos ‘em pé', a Cidade de Deus está no fim, porém com 60 pessoas sem lugar para ficar. Com o fim do prazo para se retirar da área ocupada, a resistência de alguns moradores causou tumulto nesta quinta-feira (14) e homens da devem permanecer no local durante a saída de quem não atendeu aos critérios da Prefeitura e ficou sem lote.

Anderson da Silva, de 25 anos, foi um dos moradores que se sentiu ameaçado durante a ação da Guarda e saiu às pressas com a esposa e filha, na manhã de hoje. “Desde segunda-feira o Choque estava indo para retirar as famílias. Nós resistimos pois não tínhamos para onde ir. Hoje de manhã, com medo das ameaças de passarem a patrola, com a gente dentro do barraco, peguei as coisas e me mudei para o lote da minha irmã, no Canguru”, disse.

Segundo o ex-morador, restam cerca de 60 pessoas morando nos barracos.  Quando a reportagem esteve no local não havia ninguém além de Anderson.

O Jornal Midiamax indagou a assessoria da Prefeitura e a Emha (Agência Municipal de Habitação), mas até o fechamento da matéria não confirmaram o número exato das pessoas que permanecem no local. 

Os ex-moradores tiveram apoio de um veículo da Prefeitura para fazer a mudança. 

Desde segunda-feira (11), a Tropa de Choque foi acionada para manter a ordem e como não houve resistência por parte dos moradores, não tiveram conflitos.

Alguns moradores chegaram a confundir guardas do município, com militares do , mas segundo o comandante, coronel Marcos Paulo Gimenez não houve ação da PM nesta quinta-feira.

Nesta tarde, uma escavadeira da Prefeitura continua retirando entulhos e desmanchando o restante dos barracos para não haver possibilidade de novas ocupações.   

A reportagem também solicitou posicionamento à prefeitura sobre a forma de agir dos Guardas durante a desocupação, mas também não foi respondida.

(Sob supervisão de Marta Ferreira)