Sindicato diz que abono raz insegurança previdenciária aos trabalhadores

Cerca de 100 servidores do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul cruzaram os braços na manhã desta terça-feira (3) em protesto por melhores salários. O manifesto que vai acontecer por duas horas na manhã de hoje, e mais duas horas à tarde, tem como objetivo forçar o Governo do Estado a fazer uma negociação diferenciada com a classe, que não aceita o valor de abono de R$250,00 oferecido para a categoria. Lembrando que demais servidores foram contemplados com R$ 200,00 de abono.

Vice-presidente do Sintss-MS (Sindicato dos Servidores da Saúde de Mato Grosso do Sul), Ricardo Bueno, diz que a paralisação envolve 60% dos funcionários do hospital, das mais diversas áreas: pronto socorro, CTI, centro cirúrgico, administrativo, manutenção, farmácia, laboratório. Entretanto, ele pondera que não necessariamente parem todos ao mesmo tempo.

“A paralisação é por conta das negociações salariais, pedimos um reajuste de 16,14%, referente a inflação dos últimos 16 meses. Já conversamos com o governo e havia havia um indicativo de greve para começar ontem, ele nos pediu para aguardar até sexta, mas a categoria pede posicionamento ate amanhã”, esclarece.

Ainda segundo Bueno, se não houve uma posição do Governo, nova assembleia já está marcada para a quinta-feira, na sede do sindicato. “Estes atos são para termos um posicionamento do Governo, pois o que foi oferecido não contempla categoria”, critica.

O sindicato reclama que os vencimentos da categoria estão congelados desde dezembro de 2014, enquanto a inflação estaria ‘corroendo’ os salários. Pontua ainda que o abono não é incorporado ao salário, o que traz insegurança previdenciária aos trabalhadores. Por isso aguardam a nova proposta até o dia 4.