Passagem teve novo aumento hoje, e subiu para R$ 3,53

Na contramão da quantidade de reajustes que a tarifa do transporte coletivo sofreu nos últimos anos, o serviço entregue aos usuários do Consórcio Guaicurus,  em relação a compra de novos ônibus, não recebe investimentos há anos. Em quatro anos, o preço da passagem sofreu reajuste por quatro vezes, em um percentual acumulado de 23,8%. A última foi anunciada nesta sexta-feira (2): de R$ 3,25, a passagem subirá para R$3,53.

Prova da ausência de investimentos e desgate da frota são os ônibus que “sempre estragam”, como avaliam usuários do transporte. Na tarde de ontem (1º), por volta das 15 horas, um veículo da linha 078, teve que interromper suas atividades devido a falhas mecânicas. O carro ficou parado na pista do terminal de transbordo Hércules Maymone na espera de manutenção por mais de uma hora.

O ônibus realizava a conexão entre os terminais General Osório e Morenão, e de acordo com a Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (Assetur), a linha é colocada em operação apenas nos horários de pico.

O carro mais novo na São Francisco, uma das empresas que integra o consórcio, foi um modelo ‘Bus Rapid Transit’, (BRT), comprado em 2012 por aproximadamente R$ 900 mil. Os veículos convencionais custam, em média, R$ 300 mil.

O modelo mais novo em atividade na cidade, Iveco, série 1900, está em teste há pelo menos quatro meses. Ele faz o percurso entre o terminal Guaicurus e Shopping Norte Sul Plaza, e ainda não foi definido se o carro será comprado.

Os últimos ônibus que chegaram a Cidade Morena também não eram novos. Os carros foram transferidos da viação São Francisco, como o pagamento de dívida, a maioria do ano de 2009. De 161 veículos a empresa passou a ter 201. A empresa São Francisco têm 101 ônibus.

Nesta semana, o Consórcio divulgou o financiamento de 80 novos ônibus ao custo de R$ 20,1 milhões, por meio do prograna pró transporte. Os carros deveria substituir aqueles que estão prestes a completar dez anos de uso, e a promessa desta vez,é de que os veículos sejam zero quilômetros, e não apenas reformados.

A entidade assegura que a troca dos ônibus velhos por novos corresponde a 20% da frota. A empresa afirma ainda que o tempo médio de vida desses veículos é de seis anos. Campo Grande tem exatamente 595 veículos em circulação.

A suposta nova frota estaria nas montadoras, e a previsão de entrega de pelo menos metade dos carros seria em dezembro. Apesar do anúncio, nas empresas que integram o consórcio ainda não há  vestígio de novidade.