Protesto combinado nas redes sociais não ganha força na Capital

Nas ruas maioria de preto não sabia de manifestação

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Nas ruas maioria de preto não sabia de manifestação

“Movimento Brasil de luto. Amanhã, dia 17 de março, todos que estão indignados com a nomeação de Lula como ministro devem sair vestidos com camisa preta. Se Cada brasileiro repassar para 2 amigos, em pouco tempo teremos o Brasil inteiro Ciente dessa iniciativa”.

Essa é a mensagem que circulou nas redes sociais nessa quarta-feira (16), convocando a população para um dia de luto, no entanto, em Campo Grande, o protestou não surtiu muito efeito. Na manhã desta quinta-feira (17), nas ruas do centro da Capital, a maioria das pessoas vestidas de preto disse que não sabia da convocação.

O aeroportuário Edson Matsuda, de 52 anos, é um dos que não recebeu a mensagem que informava sobre a manifestação. “Não sabia, mas se soubesse teria colocado uma roupa preta em apoio ao protesto. Também estou indignado com tudo isso”, afirma.

Protesto não ganhou força em Campo Grande - Marithê Lopes/Midiamax

“Cheguei até a colocar uma blusa preta e acabei tirando. Não acho que esse tipo de manifestação muda alguma coisa, mas se soubesse teria usado um pretinho básico hoje para mostrar o meu apoio”, diz a fiscal de loja, Elaine Sobral Gomes, de 28 anos. “Se soubesse teria usado”, justifica a vendedora Alice Vanderley, de 18 anos.

A pastora Doni Holsback, de 44 anos, estava de preto, mas ao ser questionada sobre o protesto, informou que não sabia sobre o ato e que a roupa foi escolhida aleatoriamente. “Não sabia, mas acho que a manifestação vale a pena para mostrar que o país realmente está em luto”.

Auxiliar de serviços gerais estava de preto, mas diz que não sabia da manifestação - Marithê Lopes/Midiamax

O mesmo aconteceu com a auxiliar de serviços gerais, Neusa Santos, de 55 anos. “Não sabia. Coloquei preto porque é básico e eu gosto”, explica.

A auxiliar de estoque, Eliane de Paula Dultra, de 35 anos, diz que não foi informada sobre o protesto e afirma que não acredita que a manifestação traga mudanças na política do país. “Não sabia da manifestação e acho que isso não traz nenhum resultado. Já perdi as esperanças”, declara.

Estudante sabia da manifrestação, vestiu preto, mas alega que não foi em apoio ao protesto - Marithê Lopes/Midiamax

O estudante Lucas Wilton Siqueira Ferreira, de 18 anos, sabia da manifestação e estava de preto, mas ressalta que a roupa não foi pensada como apoio ao protesto. “A manifestação é importante porque é uma forma de mostrar que não estamos contentes, mas eu não coloquei preto por isso”.

Sabendo do protesto a costureira Madalena Santos, de 39 anos, não pensou duas vezes ao colocar o pretinho básico. “Eu quero um Brasil melhor, mas está piorando a cada dia mais. Essa manifestação é válida”, frisa. Max Kardec, de 37 anos, compartilha da mesma opinião. “De uma forma ou outra não sabemos se vai ajudar, mas mostra que estamos unidos e que estamos indignados com essa situação”, observa.

Indignado com cenário político homem se vestiu de preto para apoiar protesto - Marithê Lopes/Midiamax

Protesto –Protesto combinado nas redes sociais não ganha força na Capital

A manifestação começou nas redes sociais após a notícia anunciada ontem sobre a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como ministro da Casa Civil. O objetivo era mostrar o descontentamento com o cenário político do país.

No fim da manhã dessa quarta-feira, o líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), anunciou que o ex-presidente assumiria a Casa Civil da Presidência da República, no lugar de Jaques Wagner, o que ocorreu horas depois. A solenidade é realizada hoje.

Com a nomeação as investigações da Operação Lava Jato, contra Lula, comandada pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba (PR), passa a ser comandada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot e será julgada no STF (Supremo Tribunal Federal), pelo ministro Teori Zavascki.

 

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