ACP diz que 50 escolas aderiram a greve de forma parcial

Uma comissão formada por professores e pelo presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucilio Souza Nobre, se encontra no prédio do Paço Municipal, para se reunir com o prefeito Alcides Bernal (PP). Eles buscam nova negociação para o reajuste salarial da categoria.

As negociações não têm tido avanço, e na semana passada, a categoria aprovou, em Assembleia Geral Extraordinária, a greve que se iniciou nesta segunda-feira (2). Segundo os professores, 50 escolas pararam as atividades, de forma parcial.

Pela manhã, o Jornal Midiamax ligou de escola em escola e constatou que das 94 escolas da Reme (Rede Municipal de Campo Grande), 75 decidiram não aderir ao primeiro dia de greve. Sendo que deste total, 26 estão funcionando parcialmente, ou seja, alguns professores optaram por aderir a greve. E apenas uma não quis responder.

A classe não aceitou a proposta enviada pelo prefeito, de 2,79%, relativa as perdas inflacionárias do ano corrente. O professores haviam rejeitado a proposta de 9,57% encaminhada em 5 de abril. Agora esperam outro reajuste.

Segundo Lucílio, desde agosto a classe luta para que o piso nacional seja estabelecido, sendo que desde o mês referido 10 ofícios foram encaminhados à Prefeitura, todos sem respaldo. “Ele tem que se manifestar e a greve já está acontecendo”, diz.

Em janeiro conforme a lei federal de 2008, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante anunciou o reajuste de 11,36% e o salário base passou de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64. “O magistério está a um ano e meio em negociação com a Prefeitura, sem nenhuma correção do piso nacional e nem o cumprimento da lei 5.411”, afirma.