O inquérito da PF foi concluído em dezembro de 2013

A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul emitiu nota nesta quinta-feira (20), na qual repudia informação divulgada pelo  MPF-MS (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul) de que a morte do índio da etinia Terena, Oziel Gabriel, de 35 anos, durante a reintegração de posse na Fazenda Buriti, em Sidrolândia, há três anos e quatro meses atrás, teria sido motivada por um tiro que saiu de uma arma da Polícia Federal.

“A Polícia Federal realizou investigações aprofundadas e exaustivas, seja na esfera criminal, seja na esfera administrativa, buscando elucidar o ocorrido e mesmo utilizando de todas as técnicas periciais disponíveis não conseguiu determinar o calibre do armamento que vitimou o indígena. Uma vez que não foi localizada a munição, não existe como asseverar com certeza o calibre do armamento, sendo qualquer afirmativa diferente uma mera ilação”, diz o texto.

O inquérito da PF foi concluído em dezembro de 2013 e não apontou nenhum culpado pela morte de Oziel Gabriel. A ação foi considerada “desastrosa” pelo MPF, que não aceitou a conclusão e realizou outro procedimento de investigação. 

Por meio de nota, o MPF divulgou que iria processar por improbidade administrativa a delegada Juliana Resende Silva de Lima, que deu parecer na sindicância interna da PF, que apurou as possíveis falhas na reintegração de posse. A delegada é esposa de um dos comandantes da operação, o delegado Eduardo Jaworski de Lima, que seria um dos principais interessados no arquivamento. A ação tramita na Justiça Federal de .