Participantes reclamaram da estratégia

A cavalaria da PM interveio durante uma manifestação em semáforo da Avenida Eduardo Elias Zahran, no início da noite desta sexta-feira (18). Segundo manifestantes, que estão no local para protestar contra o impeachment da presidente Dilma Roussef, o grupo estava na esquina e, quando o semáforo ficava vermelho, eles ocupavam a faixa de pedestres segurando faixas e cartazes. O ato chegou a ser realizado duas vezes até que a cavalaria da PM dispersou o grupo.

A partir disso, diversos participantes reclamaram da conduta da PM. “Isso é uma repressão. Nós estávamos na calçada e só fechamos o cruzamento durante o sinal vermelho. Só fizemos isso duas vezes, não atrapalhou o trânsito”, aponta Valques Vargas, 28, integrante do grupo Juventude da CUT. “Nosso movimento é pacifico, estamos na rua defendendo a democracia, assim como os outros grupos. Só que aqui houve repressão e na (Avenida) Afonso Pena, não”, reclamou a professora Iara Gutierrez, 48.

Entretanto, de acordo com o Coronel Almeida, da PM, que coordena a operação, quando são feitas as manifestações, a PM reúne-se com a organização dos protestos e faz um planejamento, no qual é estabelecido um perímetro. “Nessa reunião tudo é debatido e o que aconteceu é que a manifestação no semáforo estava fora do perímetro solicitado, que era apenas a Rua Santana. Somente por isso o grupo foi impedido”, explicou.

Neste momento, o protesto já começa a dispersar e lideranças orientam os participantes a recolherem o lixo que produziram. A PM também informou o número atualizado de manifestantes no local – cerca de 500 pessoas. A organização, no entanto, defende que cerca de 3 mil pessoas estiveram na Rua Santana.