Indígenas relatam a representante da ONU problemas enfrentados em MS
Relatora visitou aldeias de várias regiões do Estado
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Relatora visitou aldeias de várias regiões do Estado
Lideranças indígenas de Mato Grosso do Sul reuniram-se na tarde desta sexta-feira (11) com a relatora especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para os direitos dos povos indígenas, Victoria Tauli-Corpuz. Ela está em Campo Grande para dar sequência às visitas que fará a lideranças indígenas do Estado, onde está desde a última quarta-feira (9).
Nos últimos dias, Tauli-Corpuz esteve em Dourados e região, onde ouviu lideranças indígenas locais. Hoje, passou por Sidrolândia e, finalmente, pela Capital, onde participa esta tarde de reunião com o Conselho Terena a portas fechadas, na qual as lideranças relatarão problemas enfrentados.
Victoria Tauli-Corpuz é uma especialista independente da ONU, cujo mandato busca investigar a situação dos direitos humanos dos indígenas no mundo inteiro. A visita ao Brasil ocorreu por conta de um convite oficial do governo brasileiro para ver a situação dos povos indígenas, assim como falar com os órgãos governamentais que lidam com alguns desses temas.
“Esta visita também contempla um diálogo com o setor privado, sobretudo do setor da agropecuária, para entender quais são os pontos de vista deles em relação à agenda dos povos indígenas, especialmente em relação à terra”, relata Tauli-Corpuz. Após Campo Grande, a relatora segue para a região de Altamira, no Pará, e na sequência para o Estado da Bahia.
Devido ao protocolo da ONU, que impossibilita a relatora de conceder à imprensa detalhes sobre as visitas antes de elaborar o relatório final, Victoria Tauli-Cospuz não pode dar entrevistas, apenas fez algumas declarações gerais acerca do panorama indígena no Brasil.
“A situação dos povos indígenas no Brasil é que eles são um grupo realmente muito pequena do país e, por isso, muitos dos temas deles não têm visibilidade, a população dominante não está nem ciente das questões que estão sendo tratadas por eles. Isso é diferente em outros lugares, por exemplo, na Guatemala, onde a maioria é indígena. Lá há mais visibilidade aos temas, acho que esta é a grande diferença”, concluiu.
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