Impasse em negociações continua e greve atinge 100% das agências na Capital

Bancários esperam nova proposta da Fenaban

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Bancários esperam nova proposta da Fenaban

Já foram oito rodadas de negociações entre representantes da Fenaban (Federação Nacional de Bancos) e bancários de todo o país, desde o início da greve no último dia 6, mas até o momento não houve acordo. Em Campo Grande, segundo levantamento do (Sindicato dos Bancários de Campo Grande Mato Grosso do Sul e Região), 100% das agências estão fechadas nesta sexta-feira (16).

Secretária-geral do Seebcg-MS, Neide Rodrigues, ressalta que não houve proposta na rodada de negociação realizada nessa quinta-feira (15), em São Paulo. Os bancos mantiveram a mesma proposta apresentada na rodada de negociações no último dia nove, ou seja, reajuste de 7% nos salários e benefícios, além de abono de R$ 3,3 mil, que deve ser pago 10 dias após a assinatura do acordo.

“Não teve proposta. Chamaram a categoria para negociar, mas não apresentaram nada. Criamos a expectativa e eles não ofereceram nada, continua na mesma”, lamenta.

Neide destaca, ainda, que os bancários não devem retornar ao trabalho até que as reivindicações da categoria sejam atendidas.

“É uma revolta geral dos trabalhadores porque mesmo com greve eles estão produzindo e sendo cobrados. É uma pressão muito grande que gera revolta porque queremos no mínimo a reposição da inflação, mas a Fenaban vem com proposta rebaixada. Estão querendo medir forças, mas vamos resistir”, frisa.

Ainda segundo a secretária-geral do Seebcg-MS, os funcionários estão sendo pressionados a retomar as atividades. “Eles estão ameaçando descontar os dias de greve do salário. Alguns chegaram a tirar os cartazes da fachada dos bancos, mas os funcionários não vão voltar. Essa é uma das maiores greves com grande adesão e é necessário que respeitem e deem reajuste porque têm condições disso”, afirma.

Ao todo são 2,7 mil bancários em Mato Grosso do Sul.  O sindicato conta com 120 agências filiadas em Campo Grande e outras 40 no interior do Estado. Os bancários pedem reajuste de 14,78% (5% de aumento real, mais a correção da inflação), 14º salário e participação nos lucros e resultados de R$ 8.297,61, entre outras reivindicações.

Quanto às ameças de descontos, mencionadas pela secretária-geral do Seebcg-MS, a medida só pode ser adotada caso a greve seja considerada ilegal. 

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