Guardas Municipais se mobilizam na Prefeitura para pedir reajuste

Comissão tenta se reunir com secretário

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Comissão tenta se reunir com secretário

Aproximadamente 50 GCM (Guardas Civis Municipais) estão mobilizados na frente da Prefeitura na manhã desta quarta-feira (29), para esperar pedir um reajuste automático pela mudança da referência da categoria. Antes era necessário apenas o nível fundamental para entrar na Guarda e agora, o ingresso requer o nível médio, conforme determina a Lei Federal 13.022.

A lei federal, sancionada em 2014, que prevê a readequação da categoria para o ensino médio deve ser cumprida até o dia 14 de agosto deste ano. Os Guardas Municipais de Campo Grande estão na referência 3, de qualificação fundamental, e pedem a referência 12. Com a readequação, deve ser concedido um reajuste automático de 4,72%.

De acordo com o presidente do Sindgm/CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande), Hudson Bonfim, por se tratar de ano eleitoral, o reajuste deve ser enviado para a Câmara Municipal até hoje. . “O prazo para a Câmara é até amanhã. Se não conseguirmos nada hoje, a categoria fica atolada pois já estamos sem reajuste há dois anos. É por isso que estamos fazendo a manifestação aqui, não podemos esperar mais”, diz.

Foi montada uma comissão com sete pessoas que deveriam ter uma reunião com o secretário de administração Ricardo Ballock. Porém, pouco depois de entrarem do prédio da prefeitura, os GCMs ficaram sabendo que deveriam esperar e que ainda não havia um encontro agendado. Logo depois, foi realizada uma reunião com o secretário municipal de segurança pública, Luidson Noletto.

Conforme o assessor jurídico do sindicato, Márcio Almeida, o secretário de administração já recebeu a categoria na terça-feira, porém com vários sindicatos ao mesmo tempo. “Fomos supreendidos. Por que quando é a ACP, são só eles, por que não nos recebem sozinhos também?”, diz. Segundo ele, foi feita uma carta aos sindicatos em que foi justificado o não reajuste para ninguém.

O secretário de governo da Prefeitura, Paulo Pedra, se encontrou com os guardas e disse que o Executivo quer ter um relacionamento com a categoria. Por isso, mandaram o projeto de reajuste de 9,57% lineares para a Câmara. “Nós mandamos para a Câmara, mas os vereadores não atenderam”, disse. Sobre a mudança da referência, Pedra não deu resposta.

O  guarda municipal Luciano de Oliveira, afirmou que 80% da Guarda já tem Ensino Médio ou Superior e mesmo assim, estão na referencia para qualificação de Ensino Fundamental. Ao todo, a categoria tem 1.270 servidores. Ele reclamou que o prefeito Alcides Bernal não vai pessoalmente conversar com a categoria, apenas manda os secretários. “Quem tem que resolver com a categoria como regularizar a lei é ele [Bernal]”.

Além disso, os guardas reclamam da baixa remuneração recebida que, devido a isso, vários servidores acabam fazendo ‘bicos’ e buscando outras fontes de renda. Os servidores também se queixam do não recebimento de uniformes, que eles mesmos precisam pagar.

Em uma cadeira de rodas, o guarda Romildo Sales, disse estar afastado há dois meses. “Com o afastamento fica difícil, porque não tem os plantões e só recebo o salário base, de R$ 811, que é menor que o salário mínimo”, diz.

Após a reunião com o secretário municipal de segurança, a categoria deve se reunir em assembleia e decidir o que será feito.

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