Durante agenda, governador alfinetou antecessor

 

O governador Reinaldo Azambuja afirmou na tarde desta terça-feira (29) que já na próxima segunda-feira, 4 de abril, assinará a autorização de reinício da obra do Aquário do Pantanal, interrompida desde novembro de 2015. A declaração foi feita durante o 2º Encontro Estadual dos Acadêmicos Universitários dos Programas Vale Universidade e Vale Universidade Indígena, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo.

Finalmente: ordem para retomada do Aquário será assinada segunda-feiraNa ocasião, Azambuja aproveitou para alfinetar mais um vez seu antecessor, André Puccinelli, criticando as obras que não foram concluídas. “A população não pode mais aceitar governo que deixa obra pela metade. É o caso de uma obra grande, que é o Aquário do Pantanal, que foi deixado pela metade. Uma obra que sempre deixei claro ser contra, no lugar dela deveriam ter sido construídos hospital, mas que vou terminar”, afirmou o governador.

O governador também citou que o Hospital do Trauma, que está parado há 21 anos, também será concluído pelo governo do Estado.

Aquário em crise

No último dia 17, o secretário Estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, confirmou que dentro de 30 dias a contar da data, a obra do Aquário do Pantanal seria retomada. A decisão foi mantida após acordo firmado com a Agesul (Agência de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) e a Egelte, empresa responsável pelo término do Aquário do Pantanal da construção.

A tratativa foi feita na última quinta-feira (10) e a estimativa é de que a obra seja finalizada dentro de 14 meses, ou seja, lançada somente em 2017. O acordo foi encaminhado à Justiça e já foi homologado pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

A solução vem depois de judicialização do caso. A empresa exigia auditoria geral antes de voltar ao canteiro de obras e o Executivo, por sua vez, se negava a realizar o levantamento. O TJ, então, interviu e propôs conciliação. Houve dois encontros jurídicos sem avanço. No último encontro entre as partes, a Agesul estimava um custo final de R$ 230 milhões, enquanto a empreiteira falava em R$ 240 milhões, sendo que R$ 200 milhões já foram gastos na obra.

A finalização será feita por meio de aditivos. A Egelte já revelou que vai convocar nos próximos dias as empresas contratadas como a Fluidra e Climatec, para retomada dos trabalhos.