Contra epidemia, plantões médicos serão definidos por sistema on-line

Programa Enter Saúde deve ser implantado até maio

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Programa Enter Saúde deve ser implantado até maio

A Prefeitura de Campo Grande lançou nesta quarta-feira (20) o programa Enter Saúde, que inicialmente deve organizar as escalas de plantões dos médicos da rede pública, com a intenção diminuir as falhas no atendimento e monitorar o tempo de espera e permanência dos pacientes em cada unidade. O programa, junto com a instalação da Complexo de Regulação, será a nova forma de enfrentamento da dengue, adota pelo Executivo.

O Enter Saúde é mais uma tentativa do Poder Municipal de modernizar a saúde em Campo Grande. Em 2008, o então prefeito Nelsinho Trad (PMDB) tentou instalar o Gisa (Gerenciamento de Informações Integradas da Saúde), onde os pacientes conseguiriam marcar a consulta on-line. O plano só não deu certo porque esbarrou na ganância de terceiros e algum tempo depois, um relatório da CGU (Controladoria Geral da União), apontou diversas irregularidades no contrato.

Em março de 2015 a Prefeitura foi condenada a devolver os recursos investidos pela União. A soma deu pouco mais de R$ 14 milhões. Atualmente o Executivo repassa mensalmente R$ 200 mil para o governo Federal.

O atual programa foi desenvolvido pela IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação) e segundo o prefeito Alcides Bernal (PP), não gerou custos extras para os cofres públicos. Na verdade, a ideia é diminuir os gastos com a otimização do serviço. “Antes as escalas de plantões eram feitas em cada unidade de saúde, o que dificultava o controle. Porque acontecia de escalarem um médico para tal plantão durante o horário em que ele estaria de serviço em outra unidade. Então virava aquela confusão com falta de médicos”, explicou o secretário de Saúde Ivandro Fonseca.

O secretário da Sepanflic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle) Disney de Souza destacou que os plantões são responsáveis por uma parte significativa da folha de pagamento. “Nós não estamos tentando diminuir os gastos com plantões, mas sim com os custos indiretos, que são justamente esses erros de escala. Por isso a secretaria vai monitorar o sistema”, disse.

Ivandro ainda explicou que o programa é composto por quatro fases. A primeira, que está sendo implantada é o sistema de gerenciamento dos plantões e implantação do Complexo de Regulação, que devem ser concluída até maio. “Em outubro instalamos o sistema na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, que atualmente é responsável pela maior demanda de pacientes da Capital, e na UPA Universitário. Em novembro foi expandido para a unidade da Vila Almeida e dezembro para todos os CRS (Centro Regional de Saúde). Neste mês serão implantados em 60 unidades e até o final de fevereiro nas outras 40”, detalhou.

A próxima etapa, que consiste na agenda online, onde os pacientes vão conseguir marcar as consultas pela internet, assim como o sistema que vai permitir ao poder público auditar o trabalho dos servidores e o atendimento dos pacientes, desde o tempo de espera até o a internação, e etapa final, denominada integração, ainda não tem prazo para serem instalados.

 

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