Dinheiro das vendas será revertido à Rede Feminina

O mês de conscientização da prevenção ao câncer de mama começou e para chamar atenção ao diagnóstico precoce da doença, cerca de 500 pessoas participaram da Caminhada Rosa na manhã deste sábado (1º). Como parte das atividades do dia, às 13h, haverá o lançamento do calendário 2017, que traz as próprias pacientes do hospital como modelos. As vendas serão revertidas para a Rede Feminina de Combate ao Câncer. 

Organizada pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, a passeata seguiu do Hospital de Câncer Alfredo Abrão até a Praça do Rádio Clube, em . Após a caminhada teve apresentação musical no palco da Concha e até aula de zumba.

A presidente municipal da Rede, Rosana Aguilar de Andrade Macedo ressaltou a importância dos eventos deste mês. “Nos reunimos às 8h30 em caminhada, assim como em todos os anos, para alertar a toda a população da importancia do diagnóstico precoce. Vale lembrar, do lançamento do calendario 2017, com a participação de pacientes em tratamento”, disse. 

Ana Paula Mavignier, filha da criadora da campanha Lenços Solidários, Rosa Mavignier, também estava na caminhada e relembrou a força da mãe. “Minha mãe lutou contra a doença, mesmo estando debilitada com a agressividade do câncer. Ela ajudou muitas mulheres e vamos continuar seu legado”, disse Ana Paula.

Rosa Mavignier faleceu há seis meses, depois de lutar contra um câncer ginecológico nos ovários e no útero.

A baiana Sandra Avila, de 54 anos, teve câncer de mama e já havia participado da caminhada em Salvador. Esta é a primeira vez em Campo Grande. “Hoje sou voluntária na Rede Feminina e fiz o tratamento no Hospital Alfredo Abrão. Uma luta de três anos”, disse.

Lenir Vilela, de 65 anos, também é voluntaria da Rede. Ela conta que teve câncer no rim e precisou retirar o órgão. “Venci a doença há 5 anos, sem preciar de quimioterapia, mas continuo o acompanhamento de seis em seis meses”, revelou.

O movimento começou nos Estados Unidos, onde vários estados desenvolviam ações isoladas de prevenção ao câncer. O nome foi criado por remeter à cor do laço rosa, que simboliza a luta mundial contra o câncer de mama. O laço foi adotado na década de 1920. Inicialmente, as cidades amarravam o laço em alguns monumentos para chamar a atenção das pessoas para a causa. Posteriormente, passou-se a realizar eventos como corridas e desfiles, além da iluminação cor-de-rosa instalada em monumentos e prédios públicos.

O câncer da mama é o que mais acomete as mulheres em todo o mundo, com risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres.