Com risco de perder movimentos das pernas, paciente espera há 20 dias transferência

Ele possui um nódulo com cerca de 1,3 cm na coluna que pode ser um câncer

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Ele possui um nódulo com cerca de 1,3 cm na coluna que pode ser um câncer

Com um nódulo na coluna e internado há 20 dias no Hospital Regional de Ponta Porã, cidade a 346 quilômetros de Campo Grande, o jornalista Francisco Diego Neto, de 58 anos, espera por uma transferência de urgência para um hospital da Capital onde haja especialidades em oncologia e neurocirurgia com especialidade em colunas cervical.

Em um leito de enfermaria ele conta que segundo laudo de um médica oncologista do Hospital Universitário de Durados seu caso é gravíssimo e há a necessidade de realização de alguns exames para diagnosticar o motivo de sentir tantas dores na coluna. Porém, desde que foi internado no dia 4 deste mês a única notícia que recebe é que não há vagas em Campo Grande.

“Hoje, me encontro internado num leito do hospital Regional, sendo medicado a base de morfina e outros medicamentos mais fortes, aguardando essa famigerada transferência, negada por mais de dez vezes pela Central de Regulação de Vagas de Campo Grande, que insiste em dizer que não há leitos disponíveis nos hospitais de Campo Grande, mesmo para pedidos em caráter emergencial, como é o meu caso”, diz Neto em uma postagem no Facebook.

Neto destaca que até o momento o único exame realizado foi um ressonância magnética que segundo avaliação médica mostra uma fratura na coluna, na vértebra T-11, e um nódulo com cerca de 1,3 cm que pode ser um câncer, ou uma tuberculose óssea. Porém somente com exames mais detalhados feito com especialistas pode atestar o que realmente há na coluna de Neto.

Sem conseguir se locomover sozinho e correndo o risco de perder o movimento da pernas, Neto conta que há dois anos sofre com dores, que a princípio acreditava que estavam ligadas ao coração já que teve quatro infartos, mas há um anos elas se complicaram. Desde então já foi internado mais de 6 vezes, porém sem o tratamento corrento o problema foi só se agravando.

Desta vez ele resolveu tornar seu problema público através do Facebook e espera conseguir realizar o tratamento que necessita. “Por favor, antes da doença, eu pesava 108 quilos, hoje me encontro com apenas 50 quilos, abatido e já debilitado de tanto receber medicamentos pesados que agem como paliativos, ou seja, apenas amenizam minhas dores, e nada mais. Façam com que esse comunicado chegue as mãos das pessoas interessadas, pra que elas se sensibilizem e façam alguma coisa pra acabar com esse sofrimento, que já está me deixando fora de mim, sem controles dos meus atos e ações”, diz Neto em sua publicação.

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com o Hospital Regional de Ponta Porã e com o secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, mas nossas ligações não foram atendidas. A assessoria de comunicação do Governo do Estado informou à reportagem que verificará o caso.

 

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