Advogado ainda critica a forma como a operadora tratou o caso
O cliente da operadora de telefonia Vivo, Weverton Fernandes, de 25 anos, virou alvo de piadas e chacotas no trabalho após imprimir uma conta da empresa e perceber que haviam trocado seu sobrenome pela expressão”soy pedega”. Ele diz ter se sentido ofendido e vê a expressão como uma forma de xingamento.
O rapaz conta que não havia verificado o problema até precisar imprimir a segunda via da conta e se tornar o principal alvo de piadas na empresa. “A conta não chegou e eu fui imprimir a segunda via. Como a impressora fica na recepção, outras pessoas acabam tendo acesso ao que imprimimos. E foi o que aconteceu”, diz.
Um dos colegas de trabalho viu a conta e ao reparar o ‘sobrenome’ começou a fazer piadas com Weverton, que agora sofre bullying e constrangimentos contantes. “Eles ficam me zoando. escrevem no meu crachá a expressão. É muito constrangimento, para mim isso o é uma forma de xingamento. Me senti muito ofendido”, diz.
Devido a isso, ele ligou na operadora e a atendente ainda desmereceu o caso. “Ela me disse que não tinha nada a ver, que não existia isso. Como não existe, se está escrito na conta”, reclama.
Ele não sabe explicar o que levou ao fato, mas diz que entrou em contato com a empresa após trocar o plano de pré-pago para pós-pago, para reclamar dos dados de internet, que acabaram muito rápido, e já na primeira fatura passou por essa situação.
O advogado Carlos Lima da Silva, 30 anos, que já está cuidando do caso, diz que cabe processo por violação dos direitos do consumidor. “vamos entrar com ação de consumidor, que fere a imagem dele, o nome dele, será feita uma ação de danos morais sofridos”, diz.
O advogado ainda critica a forma como a operadora tratou o caso. “Ele se sentiu ofendido e a Vivo vêm e diz que não há razão para se sentir humilhado ou constrangido”, critica. A operadora Vivo enviou uma nota à imprensa. Leia:
Outro lado
A reportagem entrou em conta com a Telefônica Vivo que informa “repudiar qualquer tratamento pejorativo ou preconceituoso com seus clientes. A empresa realizará a averiguação dos fatos internamente e, se forem comprovadas irregularidades, a empresa adotará as medidas legais cabíveis”.
Outros casos
Outros casos de constrangimentos sofridos por clientes de operadoras de telefonia e televisão já foram relatados aqui. Em 2013, um cliente da Claro TV teve a fatura endereçada para “Otário Chorão” após pedir para ser incluído em uma promoção. O empresário não quis processar a empresa e aceitou um pedido formal de desculpas. Dois funcionários foram despedidos devido ao fato.
No mesmo ano, a operadora TIM foi condenada pelo TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás) a indenizar em R$ 6.780 uma cliente por dano moral. A consumidora foi chamada de “a cliente mais enjoada que já existiu” na nota fiscal de um chip que comprou em um loja da empresa.
Já em 2014, um empresário de Mato Grosso do Sul, que não quis se identificar, foi chamado de malandro em fatura de empresa telefônica Vivo.
