Ao todo, foram 63.836 atendimentos

Completando um ano de funcionamento, a Casa da Mulher Brasileira já atendeu a mais de 11 mil mulheres vítimas de violência doméstica. Segundo a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Heloísa Castro Belo, os números mostram que as mulheres têm confiança no atendimento da Casa.

“Os números de atendimento não querem dizer que a violência aumentou, mas, que agora, a mulher tem coragem de fazer a denúncia. Não vamos mais permitir que a violência física e o machismo imperem na sociedade. A nossa luta continua sendo para que a sociedade seja mais igual e mais humana”, diz. 

Segundo a gestora administrativa da Casa, Ângela Rafaela, com o atendimento especializado, as mulheres não esperam para fazer a denúncia contra os parceiros. “Antes, a mulher só procurava a delegacia após a 9ª agressão. Agora, a mulher já procura quando é ameaçada ou sofre injuria pelo parceiro”.

Para comemorar o primeiro ano, veio ao Estado a secretária nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves e foi lançado nesta quarta-feira (3), o sistema Iris, um sistema de informatização que armazena históricos em tempo real, com estatísticas e gráficos, todo de forma criptografada. O nome do sistema faz alusão à deusa grega que levava mensagens.

Também vai ser iniciado o Programa Liberta Mulheres, onde a partir desta terça, 50 mulheres que sofreram violência doméstica e estão desempregadas vão receber curso profissionalizante e cesta básica por seis meses.

Números

Casa da Mulher já atendeu mais de 11 mil vítimas em 1 ano de funcionamentoA Casa da Mulher Brasileira foi inaugurada há exatamente um ano. Neste período, foram atendidas 11.070 mulheres, uma média de 900 vítimas por mês. Foram 2.444 medidas protetivas e 922 agressores foram presos.  Conforme Ângela Rafaela, o número de medida protetiva revogada ainda é alta. Em um ano foram 800. “Muitas mulheres desistem”, diz. 

O total de atendimento nos diversos setores somou 63.836 e desde janeiro, um militar do 1° BPM (Batalhão de Polícia Militar) fica a disposição na Casa para receber os agressores e encaminhá-los à Delegacia de Polícia Civil.