Sindicatos e estudantes protestam contra a PEC 55

Uma aula pública na Reitoria da (Universidade Federal da Grande ) deve marcar a adesão de Dourados, município distante 228 quilômetros de Campo Grande, ao Dia Nacional de Greve, sexta-feira (11). Nessa data, organizações sindicais de todo o Brasil vão às ruas em protesto contra a PEC 55 (Proposta de Emenda à Constituição), que atualmente tramita no Senado Federal e prevê o congelamento por 20 anos dos investimentos da União.

Aberta para livre adesão popular, a mobilização é defendida pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em âmbito nacional. E em Dourados tem já confirmada a presença do Sindicato dos Técnico-Administrativos da UFGD e do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, entre outras organizações sindicais e estudantis.

CONTRA A PEC

“A Ideia é reforçar a necessidade de fazer um enfrentamento desses projetos com retiradas de direito só visando o mercado financeiro em detrimento da população, não só o funcionalismo público mas o setor privado também”, explica Cleiton Almeida, que preside a entidade sindical dos servidores técnico-administrativos da universidade federal.

O sindicalista faz referência à PEC 55, que antes de chegar ao Senado passou pela Câmara dos Deputados como . Trata-se de uma proposta defendida pelo presidente Michel Temer (PMDB) para criar um teto dos gastos públicos que na prática congela investimentos do Governo Federal pelos próximos 20 anos.

MANIFESTAÇÕES LOCAIS

Em Dourados, as manifestações do Dia Nacional de Greve começam às 6h30 na Avenida Guaicurus, trecho da rodovia estadual MS-162 que dá acesso à Cidade Universitária – onde estão instaladas UFGD e UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

Logo em seguida, às 8h, haverá um ato na Praça Antônio João, no centro de Dourados. Por fim, os manifestantes farão uma aula pública no prédio da Reitoria da UFGD, na Rua João Rosa Góes.

BANCÁRIOS PARAM

Em apoio, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região também aderiu ao Dia Nacional de Greve. Ronaldo Ferreira Ramos, que preside a entidade sindical, pontua que “essa Proposta de Emenda à Constituição é um retrocesso no desenvolvimento do país, porque também vai congelar o crescimento das universidades”.

O Jornal Midiamax apurou que na sexta-feira os bancários filiados a esse sindicato vão aderir ao movimento, motivo pelo qual paralisam as atividades até às 12h. Essa ação foi definida pela categoria em assembleia na noite de terça-feira (8).