Administrativos da Educação têm salário cortado por conta de greve

Prefeitura alega prejuízo à prestação do serviço à população

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Prefeitura alega prejuízo à prestação do serviço à população

Servidores administrativos da Educação, que entraram em greve, por reajuste salarial, tiveram os dias parados descontados da folha de pagamento referente a abril deste ano. O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, garante que o corte é ilegal. A Assessoria de comunicação da Prefeitura, por sua vez, alega prejuízo ao serviço prestado à população.

Uma servidora, que preferiu não se identificar, diz que ficou surpresa ao consultar o portal do servidor e ver que não teria salário.

“A greve é legal e não recebemos o salário que deveríamos receber. Vamos ficar sem pagamento por lutar por nossos direitos. É complicado”, declara.

O presidente do Sisem afirma que o corte foi feito na folha de pagamento de todos os servidores que aderiram à greve.

“Todos tiveram falta. O prefeito não respeita a lei da greve. Essa é uma forma de punir o servidor. Entramos com ação na justiça denunciando a prática e estamos aguardando a decisão do judiciário”, afirma.

Questionada a respeito do corte no pagamento dos servidores, a assessoria de comunicação da Prefeitura admite os descontos no holerite dos funcionários de participaram da greve. “Há previsão legal para esta atitude, por haver prejuízo à prestação do serviço à população. O critério foi a ausência no local de trabalho”, justifica.

De acordo com o presidente do Sisem, 15% dos 1.800 administrativos da educação, responsáveis pela limpeza e merenda nas escolas, aderiram o movimento grevista, ou seja, 270 trabalhadores estão em greve há mais de um mês.

Até o momento não houve decisão a respeito do reajuste. Nesta quinta-feira (19), os servidores participarão de assembleia na sede do Sisem para decidir se retornam ao trabalho ou se permanecem com o movimento.

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