Vereadora sugere que comissão chame o prefeito para prestar esclarecimentos

Durante a prestação de contas da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) sobre o primeiro quadrimestre de 2015, na tarde desta quarta-feira (27), o secretário Jamal Salem foi indagado sobre a paralisação ou atraso nas obras de UBS (Unidades Básicas de Saúde) de Campo Grande.

De acordo com o secretário, o problema está na Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), uma vez que as obras são de responsabilidade da secretaria. Ainda de acordo com o secretário, obras financiadas pelo Governo Federal já deveriam estar concluídas.

“Temos dois tipos de obras, uma com 100% de recurso federal e outras com recurso federal e recursos do tesouro. Nós temos cobrado agilidade e rapidez para concluir essas obras. Falamos com o Caco (secretário de obras) várias vezes. Gostaríamos de pedir a comissão de saúde que interfira para saber o porquê não está em andamento”.

Jamal disse ainda que a Sesau tem dois grandes problemas, sendo um com a secretaria de obra e outro com a Cecom (Central de Compras). “Tem obra com dinheiro federal e a nossa equipe fez a sua parte e parou no Cecom. São dois problemas, que as obras com recurso federal estão paradas e ainda cobramos do secretário de obras agilidade. Em relação aos medicamentos, equipamentos, tudo ficou parado na Cecom. Se essas obras não forem feitas nós vamos ter que devolver o dinheiro”.

Sobre as declarações do secretário, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) sugeriu que a Comissão de Saúde da Câmara chame o prefeito Gilmar Olarte para prestar esclarecimentos. Uma vez que ambos secretários, saúde e obras, não  sabem dizer o motivo do atraso nas obras.

“Tem obra que está com 90% em andamento e não concluiu. Reformas que são de menor investimento também não vê resultado. Precisa perguntar para o Prefeito qual é a orientação porque o esforço foi feito, temos que ver se vai ser feita ou concluída”, ressaltou.

Os vereadores Eduardo Romero (PT do B), Carla Stephanini  (PMDB) e Paulo Siufi (PMDB) também pediram explicações sobre as obras paradas e os atrasos na entrega de medicamento. A vereadora Luíza Ribeiro disse ainda que todos os vereadores precisam cobrar da prefeitura.

”A gente precisa tomar um providencia no sentido que o prefeito faça satisfações. O secretário de obras vem e não diz quais são as razões para as obras estarem dessa forma”.

Em defesa o secretário afirmou que seria necessário que a Sesau tivesse uma licitação própria. “A Saúde deveria ter uma licitação própria. Às vezes a gente compra mil comprimidos de dipirona para três meses e às vezes dura dois, para pedir são seis meses para chegar. Tem produto que pedimos em outubro e fica parado, só agora bateu o martelo, são oito meses e lógico que vai faltar”, concluiu.