Projeto de Lei prevê separação da categoria
 

O presidente do (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Valdir Shigueiro Siroma e outros médicos sindicalistas, se reuniram na manhã desta quinta-feira (20), com a CCJ (Comissão Permanente de Legislação, Justiça e Redação Final), para debater a autonomia da categoria.

A categoria pediu apoio aos parlamentares na aprovação da Lei nº 8.114/2015, que prevê a separação da categoria na Referência 17, que abrange ainda os odontólogos e médicos veterinários. Os profissionais alegam que a divisão daria mais liberdade durante às negociações salariais da categoria.

“Sempre que vamos pleitear algum reajuste, a Prefeitura nega, alegando que a medida resultaria num efeito cascata, tendo que aumentar os salários dos demais servidores da saúde, por isso queremos ficar em uma referência única, para podermos negociar um reajuste de forma autônoma. Essa mudança de referência não representa nenhum aumento de salário, apenas nos dá condições de negociar com a Prefeitura um reajuste somente para a nossa categoria, sem nos vincular aos demais profissionais da saúde. Não queremos prejudicar nenhuma categoria. Assim, os odontólogos e veterinários também terão autonomia para pleitear um reajuste só deles”, explicou.

O projeto de lei está em tramitação na Casa de Leis desde o dia 13 de agosto. Depois de discutirem sobre o pedido dos médicos, os parlamentares decidiram discutir o assunto com as demais categorias para que depois disso possam analisar a viabilidade da proposta. Os odontólogos e médicos veterinários devem ser chamados à Câmara nos próximos dias, no entanto, a data ainda não foi agendada.

Os médicos estão em greve desde o último dia 15. Esta é a segunda paralisação deflagrada pela categoria apenas em 2015. No primeiro semestre deste ano, os médicos ficaram em greve por 18 dias. Atualmente a Rede Municipal de Saúde conta com 1.200 médicos. Os profissionais recebem R$ 2.580,00 para cumprir jornada de 20 horas semanais.