Presidente do sindicato destaca risco de exposição e alerta para possível fuga de radiação
Profissionais de radiologia, que entraram em greve na última segunda-feira (6), por reajuste salarial no valor de R$ 1.450,00, adicional de insalubridade de R$ 385,00 e gratificação do SUS (Sistema Único de Saúde), reclamam que os aparelhos de radiografia estão sucateados e não passam por controle de qualidade há mais de cinco anos.
O presidente do SINTERMS (Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Radiologia das Empresas Públicas e Privadas do Mato Grosso do Sul), Adão Júlio da Silva, destaca que a aferição deve ser feita a cada dois anos.
“Os aparelhos que emitem radiação devem ser aferidos regularmente porque precisamos saber qual é o nível de radiação que os profissionais e o pacientes estão sendo expostos. Pode estar havendo fuga de radiação sem que saibamos”, observa.
O técnico em radiologia, Isaias Vieira da Silva Júnior, ressalta os perigos provocados pela exposição à radiação. “A exposição ao longo do tempo pode provocar um câncer. Temos uma colega que trabalhou por dez anos e foi aposentada depois que teve a doença e o quadro de saúde foi se agravando. Trabalhamos sem segurança e não passamos por exames periódicos”, relata.
A assessoria de comunicação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) afirma que está providenciando a contratação de um físico capaz de aferir a radiação emitida pelos aparelhos de radiografia utilizados na rede pública de saúde, no entanto, não informou um prazo para que o procedimento seja realizado.
A Sesau também garante que as demais reivindicações estão sendo analisadas. De acordo com os grevistas, a paralisação pode ser prorrogada por tempo indeterminado. Nesta quarta-feira (8), às 17 horas, os profissionais devem se reunir na sede do sindicato para decidir se permanecerão em greve.