Greve nas universidades federais de MS deixará 12,5 mil alunos sem aula

Paralisação segue por tempo indeterminado

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Paralisação segue por tempo indeterminado

Depois de mais de três horas de assembleia, professores e administrativos de quatro UFMSs (Universidades Federais de Mato Grosso do Sul), incluindo o campus de Campo Grande e de outros três municípios, decidiram interromper os serviços, na próxima segunda-feira (15). O movimento deixará aproximadamente 12,5 mil estudantes sem aula.

Além da Capital, que conta com 8,2 mil acadêmicos, a paralisação foi aderida em dois dos três maiores campus do Estado, Aquidauana e Corumbá, que juntas somam em torno de quatro mil alunos e também na UFMS de Ponta Porã, onde estudam mais de 600 estudantes.

Ao todo 1.320 professores e três mil administrativos reivindicam reajuste de 27% e reestruturação da carreira com progressão funcional entre um nível profissional e outro. Atualmente o salário de professores, graduados inicialmente para 20 horas aulas, é de R$ 2.080,00, mestres R$ 4 mil e doutores R$ 8.600.

Conforme o diretor financeiro da ADUFMS (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Marco Aurélio, a paralisação segue por tempo indeterminado, até que haja uma sinalização do governo Federal.

“A paralisação é uma decisão extrema, uma resposta ao silêncio do governo Federal porque não houve processo de negociação efetiva. Não tivemos retorno quanto às pautas protocoladas em torno das reivindicações”, explica.

O diretor financeiro destaca que a decisão teve de ser tomada por conta do calendário da LOA (Lei Orçamentária Anual). “O orçamento deve ser encaminhado em agosto ao Congresso Nacional. Precisamos que a proposta seja analisada antes disso”, justifica.

Em todo o Estado são aproximadamente 17 mil acadêmicos, entre eles, oito mil em Campo Grande. Além da Capital, Mato Grosso do Sul conta com universidades federais em Aquidauana, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Uma nova assembleia será realizada na próxima quarta-feira (17), na UFMS de Campo Grande para que a categoria possa discutir as ações que serão realizadas durante o período de paralisação.

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