Confecção de roupas íntimas ainda não pagou salário dos funcionários

Aproximadamente 30 funcionários do setor de faturamento da indústria de confecção voltaram ao trabalho, depois de a empresa informar que não tem dinheiro para pagar o salário do mês de setembro. Os responsáveis pela indústria informaram aos trabalhadores que seria necessário que eles voltassem ao serviço para empresa ter dinheiro. De acordo com o encarregado de manutenção José Carlos Echeverria, os empregados que voltaram ao trabalho são os responsáveis por embalar as mercadorias já prontas para enviar aos clientes. 

Na manhã de quarta-feira (28), foi realizada uma reunião na porta da fábrica onde foi explicada a situação da indústria. “Disseram que não tem dinheiro e não tem de onde tirar. O financiamento que eles tentaram não deu certo”, diz Echeverria. As costureiras foram convocadas a voltarem na terça-feira (3), após o feriado de Finados. 

Ainda segundo o encarregado, 120 pessoas, das 300 com o salário atrasado, já decidiram que não vão voltar e que pretendem entrar na Justiça do Trabalho com uma ação rescisória. Na tarde desta quinta-feira (29), os trabalhadores tem uma reunião agendada com o procurador do trabalho Cicero Rufino, no MPT (Ministério Público do Trabalho) para tentar encaminhar os direitos trabalhistas do grupo. 

Acordo

Em audiência no dia 22, na sede do MPT, a empresa firmou TAC (termo de ajuste de conduta) perante o procurador do trabalho para pagamento das verbas rescisórias devidas aos 82 trabalhadores demitidos nos dias 8 e 9 de setembro. Quanto aos salários de setembro atrasados dos mais de 300 empregados que permanecem contratados, a promessa era de recebimento até o dia 23.

Além disso, a empresa se comprometeu a tomar todas as providências junto à Caixa Econômica Federal para liberação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço desses trabalhadores), com a entrega, até 30/10/2015, de toda a documentação necessária para eles possam dar entrada no recebimento do FGTS e para se habilitarem ao recebimento do Seguro Desemprego.