Escola rifou moto, juntou dinheiro e substituiu giz por lousas digitais
Professores utilizam telas com apoio de caneta mouse
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Professores utilizam telas com apoio de caneta mouse
Uma troca moderna mudou a cara da Escola Estadual Fernando Corrêa da Costa, localizada na cidade de Rio Brilhante, distante 161 quilômetros de Campo Grande.
Lá, a direção escolar junto com os professores reuniu forças em prol da educação e transformou a instituição em uma escola diferenciada. Para conseguir implantar oito lousas digitais, foi preciso, inclusive rifar uma motocicleta.
Porém, recursos vindos de emendas parlamentares e do Programa Ensino Médio Inovador/Jovem do Futuro, também contribuíram para repaginar as salas de aula. Antes, no entanto, a escola contava com uma lousa interativa portátil, enviada a todas as escolas estaduais do Estado por meio do FND (Fundo Nacional de Educação), segundo informação da SED (Secretaria de Estado de Educação).
Com a inovação dentro da classe, o aluno do 3º ano, Bruno dos Santos Dias, de 16 anos, avalia que, agora, os professores ganharam mais tempo e tornaram as aulas mais dinâmicas.
“O professor não perde mais tempo no quadro. As aulas são mais claras, podem colocar vídeo na lousa. Antes isto não era possível, pois também dividíamos o data show. Agora tudo está mais rápido”, contou o estudante.
Além dos alunos, os professores também foram inseridos em uma nova realidade. Os 44 docentes da escola passaram por uma capacitação para poder manusear corretamente as lousas digitais. Mirian Hammes é a professora gerenciadora de tecnologias educacionais e recursos midiáticos, responsável pelo treinamento.
“Rifamos moto e juntamos forças. Não tivemos dificuldades no treinamento. Percebemos agora a motivação e o interesse dos alunos. Tudo é em favor da educação. Os estudantes vivem cercados pela tecnologia e se mantêm conectados mesmo em sala de aula”, resumiu. Das 14 classes da escola, nove contam com o ‘novo quadro’, mas nem todas as telas estão conectadas à internet. Segundo Mirian, ao todo, a montagem, instalação e ainda a capacitação custou de R$ 14 a R$ 18 mil.
Na ultima avaliação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) a nota da Escola Fernando Corrêa da Costa foi 4,2, mas agora, com o mundo digital a um clique dos estudantes, a expectativa é que o resultado melhore, e que a evolução dos alunos seja percebida nos boletins escolares.
“Já percebemos que os alunos têm mais interesse nas aulas. A princípio a intenção era colocarmos Smart TVs, mas chegamos a conclusão, em 2012, de colocar as lousas digitais”, resumiu o diretor adjunto da escola, Marcus Vinícius da Costa.
Ao todo, de acordo com a direção da escola, 927 alunos estudam na instituição. A SED antecipa que, ainda neste ano, todas as unidades escolares da rede estadual vão receber projetores, além das lousas digitais.
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