Só neste ano foram 25,6 mil casos, número considerado ‘moderado'

A epidemia de dengue este ano em Mato Grosso do Sul representou 25% do volume de casos da doença registrado em 2013, o maior dos últimos cinco anos. A chegada do inverno traz a tendência de queda nos números, mas o Estado garante já estar se preparando para conter os índices no próximo verão.

Segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), entre 2010 e 2015 a maior foi em 2013, com 102 mil casos notificados. A segunda maior em 2010, com 82 mil registros e, até o momento, foram 25,6 mil em 2015.

Para o coordenador de vetores da SES, Gilmar Colician Ribeiro, o número deste ano pode ser considerado moderado em relação ao passado recente. Ainda assim são alarmantes, diz ele.

“É expressivo, apesar de que desde o ano passado vínhamos alertando os gestores para poderem pensar em ação e plano de contingência. Sempre tem epidemia em um ano e, no outro é mais reduzido”, explica. Só este ano, a matou nove pessoas em Mato Grosso do Sul e mais uma morte está em investigação – em 2013 foram confirmadas 30 mortes.

Na Capital, 46 mil casos foram notificados e 12 mortes confirmadas em 2013. Já em 2015, foram registrados 4 mil casos e uma morte.

Ainda de acordo com Gilmar, como durante o inverno as temperaturas há tendência de redução no número de casos, a meta agora é evitar o avanço da doença durante as próximas estações mais quentes, primavera e, principalmente, o verão. As secretarias municipais de Saúde têm até julho para entregar um plano de contingência, que guiará estratégias preventivas.

“Ela (a epidemia) é situação moderada, mas sem dúvida preocupante. Estamos alertando para trabalhar para o próximo ano a ação de prevenção. Para isso, já pedimos que os municípios elaborem o plano de contingência”, detalha o coordenador.

Dos 79 municípios sul-mato-grossenses, 60 estão em situação de alta incidência. Em 2013, apenas Juti não entrou nesta lista, sendo classificada como média incidência.

Os municípios são classificados como de baixa incidência abaixo de 100 casos por 100 mil habitantes, moderada de 100 a 300 casos por 100 mil e alta incidência acima de 300 casos por 100 mil moradores.