Recreadores dos 99 Ceinfs da Capital paralisaram os serviços nesta manhã

Muitos pais foram pegos de surpresa ao encontrarem os Ceinfs (Centros de Educação Infantil) fechados na manhã desta quinta-feira (14). Aproximadamente 1.1mil funcionários de 99 Ceinfs (Centros de Educação Infantil) e 19 (Centros de Referências de Assistência Social), entram em por tempo indeterminado. Com a paralisação, eles reclamam de não terem com quem deixar os filhos.

A atendente Camila Benites, de 26 anos, que tem duas filhas, de 2 e 4 anos, diz que não sabia da paralisação no Ceinf Tupinambás, no Bairro Tiradentes.

“Eu não sabia que iria entrar em greve. Cheguei cedo para deixar minhas filhas e fui informada de que estava fechado. Tive de ligar no serviço para avisar de última hora que não poderei ir porque não tenho com quem deixar as meninas. Estou em período de experiência, agora não sei se vou poder continuar. Não sei o que vou fazer”, lamenta.

Geisa de Oliveira, coordenadora do Ceinf Constança Corrêa de Almeida Serra, localizado no Loteamento Dalva de Oliveira, onde são atendidos  145 alunos, afirma que cerca de 20 pais reclamaram de não terem com quem deixar os filhos para que pudessem trabalhar. “Abrimos às 6h30 e uns 20 pais tiveram de voltar para casa com as crianças”, afirma.

A coordenadora destaca que os professores e o administrativo estão funcionando, no entanto, explica que não é possível atender as crianças sem a presença dos recreadores. “Queremos atendê-los, mas estamos de mãos atadas. Não temos o que fazer”, frisa.

Aproximadamente 1,1 mil funcionários da Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) e da Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária) que trabalham em 99 Ceinfs (Centros de Educação Infantil) e 19 Cras (Centros de Referências de Assistência Social), reivindicam redução da jornada de trabalho de 7 para 6 horas e reajuste salarial de 9%.