Audiência sobre mototáxis tem vaias e trabalhadores dão as costas a vereadora

Permissionários e auxiliares ainda não se entenderam

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Permissionários e auxiliares ainda não se entenderam

A audiência realizada na manhã desta quarta-feira (7), na Câmara Municipal para discutir o trabalho dos auxiliares de mototaxistas teve vaias, bate-boca entre a categoria e parte dos trabalhadores chegaram a dar as costas à vereadora Luiza Riberiro (PPS) que falava como membro da Comissão Permanente de Defesa do Consumidor da Câmara. 

A discussão entre permissionários, que são os detentores do alvará, e os auxiliares, que são os trabalhadores contratados por eles, para fazer o serviço e que para isso, pagam uma diária o ocorreu durante toda a audiência e não houve um entendimento. O valor da diária que os auxiliares pagam não é unificado e causa confusão. 

Os permissionários, na maioria, também não querem que o número de alvarás aumente na Capital e dizem que os valor da diária é justo. Já os auxiliares se queixam do valor da diária e ainda afirmam que muitos colegas foram coagidos a não irem na audiência, sob pena de ser mandado embora. 

O permissionário André Hosback disse que com ônibus melhores e táxis melhores, diminuiu o volume de corrida dos mototaxistas e por isso, o valor aumentou. Para resolver o problema, ele sugeriu a instalação o mais rápido possível do mototaximetro, para que com a definição exata do quilômetros rodados e o valor que o auxiliar vai poder ficar. Também permissionário, Rui Martins, que é mototaxista há 16 anos, reclama da possibilidade de os alvarás terem validade serem devolvidos a Prefeitura, “É uma injustiça com a gente que trabalha a tanto tempo”, diz. 

Auxiliar há mais de 10 anos, Luiz Carlos Neri diz que muitos colegas não compareceram por medo de perder o emprego. Sobre a possibilidade de mais alvarás, ele diz que os permissionários são contra, pois os permissionários “só estão pensando neles e querem continuar a exploração”. 

Alguns permissionários que participaram da audiência ainda alegaram que o valor cobrado pelos mototaxista à população, e que muitas vezes já foi alvo de reclamações, uma vez que cada um cobra um valor diferente pela mesma quilometragem rodada, acontece por conta do alto valor da diária e eles tentam compensar. A prática foi rechaçada pela superintendente do Procon Rosimeire Cecília da Costa. 

 A superintendente ainda afirmou que o Procon deve participar das discussões assim como a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande). “Se for necessário aumentar o número de alvarás, precisa de estudos técnicos”, pontuou. 

Motocimetro

O presidente do Sindmototaxi (Sindicato dos Mototaxistas de Campo Grande), Dorvair Boaventura Caburé disse que até o fim deste mês deve apresentar o motocímetro, aparelho que vai medir a quilometragem rodada pelo mototaxista e substituir a tabela. Sobre a quantidade de alvarás, Caburé disse que se precisar de mais, é necessário fazer um estudo e saber quantos novos alvarás poderão ser licitados. 

Ao fim da reunião ficou decidido que será feita uma comissão com representantes de permissionários e auxiliares, do sindicato e da associação que representam a categoria para discutir a minuta do decreto que vai regulamentar o serviço em Campo Grande. 

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