Grupo reivindica plataforma para cursos de qualificação

Aproximadamente 200 agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias e agentes de saúde pública se reúnem na manhã desta quinta-feira (20), na frente da Prefeitura. A manifestação, que teve início por volta das 7h30, ocorre por conta da carga horária aplicada à categoria e melhores condições de trabalho.

Segundo o presidente do (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), , atualmente a Sesau conta com 1.500 agentes comunitários de saúde, 210 agentes de combates a endemias e 420 agentes de saúde pública.

“Queremos o cumprimento das seis horas diárias e as outras duas de cursos on-line, desta forma eles trabalham das 7 às 13 horas e acabam cobrindo mais casas porque é neste período que os moradores estão nas residências. Além disso, evita que os agentes trabalhem à tarde, em condições insalubres no calor e diminui o número de atestado”, defende.

Atualmente a plataforma que disponibiliza os cursos on-line não estão funcionando e com isso, os agentes temem que sejam obrigados a cumprir 8 horas de trabalho nas ruas. A agente comunitária de saúde Edma Montado Bandeira da Silva, também destaca a importância dos cursos on-line.

“A plataforma foi prometida e essa qualificação é muito importante para que os agentes possam atender melhor a população”, ressalta. As categorias também pontuam a necessidade de concurso público para cobrir as áreas extras da cidade.

A manifestação que começou na frente da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), seguiu para a frente da Prefeitura. Os agentes contam com carro de som e fogos de artifício, a fim de chamar a atenção para o protesto.

Pedido de afastamento –

O MPE (Ministério Público Estadual) pediu na Justiça o afastamento do secretário municipal de Saúde Pública, Jamal Salem, e do presidente do Sisem por suspeita de improbidade administrativa. Ambos teriam coagido gerentes de unidades a assinarem folha de frequência de agentes de saúde em horário superior ao efetivamente trabalhado. A denúncia chegou na última segunda-feira (17) à 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande.

Questionado a respeito do pedido de afastamento, Tabosa garante que vai “respeitar as decisões judiciais”. “Se o juiz entender pelo afastamento, vou recorrer. Meu papel como presidente do Sindicato, é defender os servidores. A denúncia é mentirosa. O sindicato ainda não foi ouvido e por enquanto ainda não tem nada. Isso é culpa dos gerente dos postos”, justifica.

Tabosa afirma ainda que “os agentes  comunitários de saúde estão sendo ameaçados”, pelos gerentes, para que não fossem ao protesto.