Condomínio em bairro de luxo corta árvores sadias e revolta moradores

Diversos moradores do Residencial Parque Itacolomi, no bairro Carandá 1 em Campo Grande, reclamaram ao Midiamax sobre o corte de 59 árvores do local, já autorizados pela prefeitura. Quatro já foram cortadas nesta terça-feira (25) e pela poda total serão pagos R$ 60 mil. Os moradores dizem que as plantas estão saudáveis e não apresentam […]

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Diversos moradores do Residencial Parque Itacolomi, no bairro Carandá 1 em Campo Grande, reclamaram ao Midiamax sobre o corte de 59 árvores do local, já autorizados pela prefeitura. Quatro já foram cortadas nesta terça-feira (25) e pela poda total serão pagos R$ 60 mil.

Os moradores dizem que as plantas estão saudáveis e não apresentam risco aos moradores, portanto não justificam os cortes. Porém, em documento enviado por e-mail aos condôminos, foi confirmado a autorização pela Secretaria de Meio Ambiente, mesmo com o laudo técnico comprovando que as árvores estão em bom estado.

Uma moradora teria pedido a poda de uma árvore específica que contribuía para o aparecimento de mofo em seu apartamento. “Mas ela não pediu o corte da árvore completa. Outra alegação é que pode causar problemas estruturais, mas não precisava tirar agora se não tem nada”, alegou a vizinha Letícia Couto Garcia, que é bióloga e disse que as árvores da lista de poda não apresentam riscos aos condôminos.

“Elas poderiam ser remanejadas. Estamos próximo do córrego, há muita fauna que aproveita esse espaço. Os moradores mesmo escolhem o residencial pelo diferencial das árvores, que proporciona um clima ameno, com sombreamento. As árvores poderiam ser remanejadas, por exemplo”, afirmou Letícia.

Segundo a bióloga, apenas uma árvore das listadas estava brocada, porém, pelo seu conhecimento, a árvore ainda poderia viver cerca de mais 10 anos. “São árvores com mais de 50 anos, com três metros de diâmetro. Mesmo que alguma morresse, dava para aproveitar a sombra, geralmente elas não caem imediatamente”, ressaltou.

Um morador, que preferiu não se identificar, disse que também vão perder a privacidade, já que as árvores ajudavam a camuflar a visão direta através das janelas. O síndico foi procurado, mas não concordou em falar com a reportagem por telefone, não estava no condomínio e não autorizou a entrada da reportagem. A foto do corte de uma das árvores foi cedida por um morador.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, na Rua João Rosa Pires, uma árvore de mais de dez metros de altura caiu nesta terça-feira (25) e destruiu dois carros que estavam estacionados. Os moradores já sabiam que a árvore ia cair e há quatro meses aguardam equipes da prefeitura que prometeram podá-la em até quinze dias.

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