Chuvas no PR e em SC desalojam 64 mil moradores e matam nove pessoas

Com nove mortes já contabilizadas devido às fortes chuvas no final de semana, Santa Catarina e Paraná enfrentam uma segunda-feira complicada, apesar de ter parado de chover de madrugada. Há 64 mil desalojados nos dois Estados. Duas pessoas estão desaparecidas, uma em Guarapuava (PR) e outra em Canoinhas (SC). Segundo a Defesa Civil do Paraná, […]

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Com nove mortes já contabilizadas devido às fortes chuvas no final de semana, Santa Catarina e Paraná enfrentam uma segunda-feira complicada, apesar de ter parado de chover de madrugada.

Há 64 mil desalojados nos dois Estados. Duas pessoas estão desaparecidas, uma em Guarapuava (PR) e outra em Canoinhas (SC).

Segundo a Defesa Civil do Paraná, 71 cidades foram afetadas, com 48 mil desalojados — as nove mortes aconteceram no Estado.

O serviço de meteorologia estadual Epagri-Ciram confirmou o fim da passagem da frente fria que causou as chuvas ao se deslocar do continente para o mar.

A situação, contudo, continua crítica em Blumenau (150 km de Florianópolis). Às 6h, o rio Itajaí-Açu estava 10,18 metros acima do leito, alagando cerca de cem ruas da cidade. A previsão é que as águas continuem subindo até 10,35 m, antes do meio-dia, pelo efeito da descida de águas acumuladas no alto do Vale do Itajaí.

Em Santa Catarina, 24 cidades foram prejudicadas e 16 mil pessoas estão desalojadas. A Defesa Civil afirma que o número de desalojados no Estado deve subir para 20 mil pessoas, assim que pequenas localidades informarem ao comando central sua situação atual.

Em Canoinhas (370 km de Florianópolis), o Corpo de Bombeiros procura o motorista de um carro levado pela correnteza quando atravessava uma ponte, no domingo.

As aulas foram suspensas. O sindicato dos servidores municipais mantém a greve que já dura duas semanas.

Na Grande Florianópolis, a energia elétrica foi restabelecida depois de dois dias sem luz em quase 50 mil residências. No interior, nove cidades ainda estão sem energia.

Em Jaraguá do Sul (191 km de Florianópolis), as ruas centrais foram alagadas, cobrindo automóveis. Um destacamento do Exército permanece na cidade desde sábado ajudando a população.

As cidades mais atingidas estão na região norte do Estado. Guaramirim (181 km de Florianópolis), com 15 mil desalojados, decretou estado de calamidade pública. Uma casa numa encosta desabou, soterrando quatro pessoas da mesma família. Um menino de oito anos ficou ferido com gravidade e levado para um hospital de Joinville.

Corupá (210 km de Florianópolis) ficou com as ruas centrais alagadas, com 500 desalojados. A cidade ficou sem energia e sem água no domingo à noite. A estação de água foi contaminada.

No Paraná, o maior impacto foi em Guarapuava, no centro-sul, onde em dois dias choveu mais do que o previsto para todo mês de junho. Dezesseis cidades receberam ajuda humanitária. As aulas foram suspensas nas cidades atingidas.

O Estado tem 2.000 desabrigados. A energia elétrica sofreu interrupção em várias cidades, afetando cerca de 80 mil moradores. Falta água em 11 cidades. A derrubada de pontes e queda de barreiras em estradas isolaram 12 municípios.

Em Curitiba, a prefeitura cadastrou 16 mil desalojados. Um esquema de emergência foi acionado na manhã desta segunda para limpar os nove bairros da periferia mais atingidos pelas águas.

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