Após reunião para discutir ações de prevenção e combate a enchentes, nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff decidiu criar a Força Nacional de Apoio Técnico de Emergência, grupo interministerial que irá atuar em locais afetados por desastres naturais. A presidente determinou o envio de 35 geólogos e quinze hidrólogos para os estados mais atingidos pelas enchentes. Nesta segunda, quatro técnicos já se deslocaram para Minas Gerais; dois para o Rio de Janeiro; e dois para o Espírito Santo.
O anúncio foi feito pelo ministro da Integração, Fernando Bezerra, alvo de diversas denúncias nos últimos dias e simbolicamente escalado pelo governo para falar sobre as medidas. “Se não contasse com a confiança e o apoio da presidente Dilma não estaria nessa solenidade”, disse Bezerra.
Ao lado de seis ministros, ele foi o primeiro a dar explicações ao microfone, logo depois da reunião com a presidente. Bezerra afirmou ainda que o governo pretende estender os trabalhos de previsões de chuvas até março deste ano, a fim de identificar casos a longo prazo. Além de antecipar o Bolsa Família – medida anunciada na semana passada -, o governo estuda a necessidade de liberação de recursos do FGTS para reconstrução das moradias destruídas pelas enchentes.
O ministro destacou ações de prevenção aos desastres. “Mais de 6.000 agentes da Defesa Civil foram treinados no último ano para que a gente possa atender aquilo que Dilma deseja, que é uma cultura de prevenção e preparação para ocorrência de desastres naturais”, disse.
Também participaram da reunião com Dilma os ministros Gleisi Hoffmann, da Casa Civil; Aloizio Mercadante, da Ciência, Tecnologia e Inovação; Paulo Sérgio Passos, e Alexandre Padilha, da Saúde. Estavam presentes ainda o secretário de políticas do Ministério de Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre; o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana; e o ministro interino da Defesa, Enzo Peri.