Com início de chuvas, moradores de bairro que alaga temem novos “capítulos”

Água dentro de casa, invasão de animais peçonhentos, insetos, destruição de móveis e risco de doenças são os principais temores por conta das chuvas fortes

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Água dentro de casa, invasão de animais peçonhentos, insetos, destruição de móveis e risco de doenças são os principais temores por conta das chuvas fortes

Moradores do bairro Santo Antonio, que neste ano já sofreram com as chuvas em fevereiro e março, e onde somente no dia 2 do último mês citado choveu 111 milímetros, estão apreensivos com o início das chuvas e a repetição de toda a dor de cabeça sofrida.

Água dentro de casa, invasão de animais peçonhentos, insetos, destruição de móveis e risco de doenças são os principais perigos para os moradores por conta das chuvas fortes.

A reportagem retornou a algumas casas que inclusive tiveram de solicitar a presença do Corpo de Bombeiros, na época das enchentes, sendo que em algumas os militares chegaram a trabalhar até quatro dias seguidos.

Como o problema se repete praticamente a cada ano – e não só no Santo Antonio -, moradores constroem rampas e instalam mecanismos para contenção de água junto ao portão.

O pedreiro José Gomes Carvalho, 48, morador da travessa Jalisco, que não possui drenagem pluvial, afirma que outro fator principal para alagamentos dentro das casas se dá por conta de o nível de algumas residências ser mais baixo que o da rua. A soma do solo encharcado, desnível em relação à via e chuvas constantes causam os alagamentos.

“Só não perdemos as coisas porque levantamos todos os objetos da casa. Os bombeiros estiveram três vezes aqui em casa. Quando começa a chover a gente fica preocupado”, conta José, que mora na casa há 18 anos e nunca tinha passado por situação igual à de fevereiro e março.

Gelson R. Brito, 60, comerciário, e Elizabeth Vareria de Brito, 51, dona de casa, vizinhos do pedreiro, afirmam que o problema tem de ser resolvido com o aumento da drenagem na avenida Júlio de Castilho. “Essa água vem do Santo Amaro, espero que com a revitalização [da Júlio de Castilho], acabe o problema”, diz Gelson.

Já na rua São Lourenço, a autônoma Renata Brigatto, 38, e o vizinho da frente fizeram uma contenção de metal que custou aproximadamente R$ 1.500 e mesmo assim não resolve o problema por completo. Já o técnico de eletrônica Jamil Alves da Silva, 60, também morador próximo, fez uma rampa de quase meio metro na frente de casa.

Na semana passada, vereadores cobraram esclarecimento da Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), sobre obras de drenagem do bairro Panorama e contenção de enchente no bairro Santo Antônio.

De acordo com a coordenadora do Cemtec/MS (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), meteorologista Cátia Braga, no total foram registrados 141 milímetros de chuva nesta primeira quinzena de outubro, sendo que o esperado para o mês inteiro na Capital é de 147 mm.

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