Atraso para tapar buracos em ruas de Três Lagoas foi causado pela CGR, diz Sanesul

Novos cortes no asfalto das ruas de Três Lagoas serão executados pela Sanesul, agora com o aval do Executivo Municipal. A população teme que os atrasos para tapar os buracos se repitam como nas obras anteriores e a pavimentação asfáltica, muitas vezes recém inauguradas, não sejam reconstruídas corretamente.

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Novos cortes no asfalto das ruas de Três Lagoas serão executados pela Sanesul, agora com o aval do Executivo Municipal. A população teme que os atrasos para tapar os buracos se repitam como nas obras anteriores e a pavimentação asfáltica, muitas vezes recém inauguradas, não sejam reconstruídas corretamente.

Apesar das inúmeras reclamações da população, o
gerente regional da Sanesul de Três Lagoas, Álvaro Ricardo Calábria de Araújo, afirmou
que a Empresa irá manter os cortes no asfalto para executar reparos e ampliação
na rede de esgoto, assim como para serviços na rede de distribuição de água da
Cidade.

Em coletiva, na manhã desta quinta-feira (04), com presença
da Prefeita Márcia Moura (PMDB), do secretário de obras e serviços públicos,
Getúlio Neves da Costa Dias, e a imprensa local, o representante da Estatal do
Governo apresentou os valores a serem investidos pela Sanesul e as estratégias
para a execução das obras.

“A Sanesul continuará o investimento de cerca de R$ 40 milhões em
Três Lagoas. Estaremos efetuando a troca das manilhas da rede de esgoto na rua
Paranaíba, na área Central. Ao todo, solicitamos à Prefeitura nove autorizações
para executar serviços em ruas do Centro. Nas demais regiões, foram cerca de 50
pedidos”, explanou.

O Gerente explicou que a demora no fechamento dos
buracos, em reparos e ampliações na rede, feitos anteriormente, foi provocada
pela falta de material para a execução dessas obras.

“A empreiteira contratada, a CGR Ltda., teve dificuldade
em comprar os produtos para efetuar o serviço. Hoje está tudo normalizado e os
trabalhos de reposição de asfalto estão sendo concluídos em menos de dois dias”,
argumentou, explicando o motivo da demora e assegurou que os erros no
recapeamento serão refeitos.

Autorização

Com essa exposição para a imprensa, tanto a
Prefeita quanto o Secretário de Obras sinalizaram o fim do impasse com a Sanesul
e a concessão das autorizações.

Sobre os contínuos cortes no asfalto e a demora no
fechamento destes na pavimentação asfáltica, muitas vezes recém executada, a
Prefeita prometeu que irá fiscalizar o cumprimento das regras contratuais. Márcia
Moura afirmou ainda, que não há maneiras de se planejar serviços desse porte.

“Temos uma discrepância de tempo no início do mandato
eletivo com o Governo do Estado. Diante disso fica complicado efetuarmos planejamentos
em conjunto”.

Márcia Moura reiterou que a Prefeitura irá fiscalizar o
cumprimento do prazo e a qualidade dos serviços.

“O prazo concedido no contrato é de dois a três
dias na área Central e três a quatro nos bairros”.

População

Entretanto, a população e a imprensa, repetidas
vezes, apontaram locais onde os buracos se mantêm a mais de um mês e outros
tipos de falhas nos serviços executados, como a má qualidade do asfalto re-pavimentado.

Os moradores também indicaram que a Prefeitura e
Sanesul deveriam planejar as obras de forma conjunta. Tendo em vista que isso reduziria
os gastos.

“Mal o asfalto é concluído e vem a Sanesul e quebra
tudo de novo. Não poderiam combinar para que antes fosse executado todo o
serviço no subsolo? Desse jeito é como alguém que constrói a casa e depois
quebra tudo para colocar o encanamento”, indagou a aposentada, Aparecida
Gonçalves.

Outro morador, que não quis se identificar,
criticou a Sanesul por executar os trabalhos sem qualidade e manter o serviço mesmo
sob a chuva.

“A chuva impede a compactação do asfalto. Com a execução
durante esses períodos, o serviço terá de ser refeito, como é o caso em uma rua
aqui perto de casa.

Como ninguém aparece para fiscalizar, a
empreiteira faz como quer, ou seja, de qualquer jeito. Falam em corrigir o que
foi feito errado, mas esquecem que somos nós, cidadãos, que pagamos através dos
impostos cobrados”.

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