Dados do Corpo de Bombeiros e de prefeituras mostram que 105 pessoas morreram no Rio em consequência das chuvas que atingem o Estado desde a última segunda-feira (5). Além disso, são apontadas ao menos 56 pessoas desaparecidas nas cidades do Rio e de Niterói.

De acordo com o balanço do Corpo de Bombeiros, a cidade com maior número de mortes é Niterói, com o registro de 50 vítimas. Em seguida, as cidades do Rio (47), São Gonçalo (9), Nilópolis (1), Paracambi (1), Petrópolis (1) e Magé (1). Apesar disso, algumas prefeituras já confirmaram mais morte, como a de Niterói, que aponta 53, e a de São Gonçalo, que registra 11 mortes. Mas esses dados ainda não tinham sido contabilizados pelos bombeiros até as 12h.

Na cidade de Niterói, a prefeitura apontava ainda cerca de 1.800 pessoas desabrigadas e outras 200 feridas em decorrência das chuvas no horário. Ontem, o prefeito decretou luto oficial por uma semana.

“Estamos preparando uma força tarefa para retirar os moradores das áreas de risco da cidade. Toda a prefeitura está focada em resolver essa situação. O mais importante é pedir às pessoas que estão nesses locais críticos para sair e buscar um abrigo seguro. A nossa obrigação agora é salvar vidas”, disse o prefeito Jorge Roberto Silveira ontem.

Na manhã de hoje, a cidade do Rio de Janeiro ainda registrava chuvas e permanecia em estado de atenção, de acordo com a prefeitura. As aulas também estão suspensas na rede municipal. Já na rede estadual a medida abrange as escolas da região metropolitana, região dos Lagos, Petrópolis e também nos municípios de abrangência da coordenadoria Regional Serrana 4 (Magé e Guapimirim).

Apenas na cidade do Rio, as chuvas deixaram 2.134 pessoas desabrigadas, segundo balanço divulgado no fim da noite de terça pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil. As chuvas registradas geraram em 24 horas um acúmulo de 278 milímetros na cidade do Rio, superando o recorde histórico de 1966, que era de 245 mm (cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado).