Chuva: construção de loteamento no Caiobá causa alagamento de casas e ruas
Em dia chuvoso, engenheiro do Residencial Riviera Park admitiu o problema e empresa particular vai construir drenagem; moradores tiveram casas tomadas pela água e barro
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Em dia chuvoso, engenheiro do Residencial Riviera Park admitiu o problema e empresa particular vai construir drenagem; moradores tiveram casas tomadas pela água e barro
‘Caiobarro’. É dessa maneira que os moradores de uma das regiões mais carentes da cidade apelidaram o Portal Caiobá II por se sentirem esquecidos. Segundo lideranças do bairro, vivem no local cerca de 3 mil pessoas.
Longe das ações do poder público, a Rua Ilha de Marajó foi transformada em um ‘rio’ nesta quinta-feira (1º), dia de chuva intermitente em Campo Grande. Na Rua Abussafi dos Santos, várias casas ficaram alagadas. Entre elas, a da dona de casa Maria Aparecida de Jesus. Há sete anos no local, ela reclama da primeira inundação, registrada hoje. Pela cozinha, sala, varanda e no quintal todo, o lamaçal.
A causa, segundo ela, seria a obra do loteamento para o residencial particular Riviera Park, da construtora HEDGE Desenvolvimento Urbano, localizada nos fundos de sua casa. “Moro aqui há sete anos e nunca isso me aconteceu. Agora, desde a semana passada, por conta dessa obra, minha casa foi inundada duas vezes”, reclama.
Adriana Rodrigues Araújo endossa a reclamação da vizinha. Ela mora na Rua Libânio Figueiró, que fica em frente ao loteamento que deve ocupar pelo menos cinco quadras do bairro. A rua está intransitável.
O desmatamento, conforme os moradores, aliado à falta de drenagem, podem ter ocasionado o caos enfrentado por quem vive no Portal Caiobá II.
Justificativa
O Midiamax conversou com o engenheiro responsável pela obra, Igor Felipe Braun. Segundo ele, a chuva foi a causa do problema que prejudicou a obra do loteamento Riviera Park. Até o fim de abril, o problema de drenagem da rua Libânio Figueiró será solucionado. A empresa vai construir todo o sistema de canalização para captação das águas da chuva.
Porém, a dona de casa Tereza Cândia, 44, mãe de três filhos, lamenta a situação depois de enfrentar o transtorno de ver a casa invadida pela água e lama. “Essa situação está complicada. Foi a primeira vez que aconteceu e a gente está esquecido pela Prefeitura”.
Uma solução encontrada pela própria comunidade seria a construção de uma valeta em uma área que fica ao lado do bairro, para que a água da chuva seja desviada para o córrego Anhanduí. “Já seria um alívio”, disse uma das moradoras, que pediu anonimato.
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