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Brasil

ANS muda critério etário de mamografia para que planos de saúde recebam certificado

Uma das exigências é que o programa possa garantir rastreamento do câncer de mama em beneficiárias entre 40 e 74 anos
Agência Estado -
Foto: Rodrigo Nunes

Após reunião com especialistas, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) modificou os critérios para o rastreamento do câncer de mama para que planos de saúde recebam certificado do Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica.

Os participantes da reunião chegaram à decisão de incluir um novo item, que exige que as operadoras aderentes ao programa garantam rastreamento do câncer de mama para beneficiárias entre 40 e 74 anos, desde que haja indicação médica. Manteve-se a exigência de que planos convoquem a cada dois anos usuárias de 50 a 69 anos para realizar o exame.

A reunião, que ocorreu na segunda-feira, 24, contou com representantes do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM).

Conforme mostrou o Estadão, representantes do CFM já haviam se reunido no início do mês com a ANS solicitando a revogação de uma medida prevista no novo programa. Eles queriam que fosse desconsiderada a exigência de de usuárias de 50 a 69 anos.

Tanto o CFM quanto as sociedades médicas não se contrapunham a convocar essas pacientes, o temor era cravar que o padrão-ouro de rastreio seria a partir dos 50 anos. A SBM, a Febrasgo e o CBR recomendam a idade mínima de 40 anos para rastreamento de câncer de mama no País, tanto na rede pública quanto no sistema suplementar.

“Se o rastreamento entre 50 e 69 anos for tratado como ‘padrão-ouro’, as operadoras podem passar a questionar a necessidade de exames antes dos 50 ou após os 70. Isso não pode ser um critério de qualidade”, disse Cibele Alves de Carvalho, conselheira do CFM pelo Estado de , quando o Estadão noticiou a reunião do início de março.

Para ter ideia, segundo a SBM, no Sistema Único de Saúde (SUS), onde o rastreamento é bienal e centrado em mulheres entre 50 e 69 anos, apenas 5% dos diagnósticos são de tumores em estágio inicial e 40% já estão em estágio avançado quando são descobertos. Quanto mais tarde o câncer é descoberto, pior é o prognóstico do paciente.

Como se posicionou a ANS?

A ANS reforçou que essas diretrizes se aplicam apenas ao programa de certificação e não alteram as regras de cobertura obrigatória dos planos de saúde.

“É essencial lembrar que não houve alteração na cobertura obrigatória dos planos de saúde. A cobertura para mamografia bilateral é obrigatória, sem limitação de idade, e tem que ser realizada sempre que houver indicação do médico assistente. Já a mamografia digital tem cobertura obrigatória para mulheres de 40 a 69 anos”, destacou o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS (Dides), Maurício Nunes, que conduziu a reunião de segunda.

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