A Fedearroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) publicou nota nesta quinta-feira (9), relatando que não há risco de falta no abastecimento de arroz no resto do país, mesmo com os alagamentos e enchentes naquele estado.

Em nota, a federação garantiu que a colheita de arroz do Rio Grande do Sul chegou a 83% da área prevista e o que já foi colhido apresenta boa qualidade e produtividade. Assim, é garantido o abastecimento aos brasileiros.

Também segundo o presidente da entidade, Alexandre Velho, dentro do espectro dos 83% já colhidos, se apresentam boas médias de produtividade. “O Rio Grande do Sul tem plenas condições de colher uma safra bem acima dos 7 milhões de toneladas. Embora tenhamos este grande problema com relação à colheita do que falta, nós temos plenas condições de afirmar que nós não temos problemas com relação ao abastecimento do mercado interno”, garante.

Ainda conforme o dirigente, há um problema momentâneo na logística, principalmente na ligação com o interior do Rio Grande do Sul. “Mas a ligação com os grandes centros através da BR-101 está normal, temos bastante arroz para deslocar para as regiões centrais do Brasil”, afirma.

“Então não existe qualquer problema com relação ao abastecimento ou uma necessidade urgente de importação (…) Não existe motivo algum para nós termos qualquer alerta com relação a problemas de abastecimento com relação ao arroz”, diz.

Aumento do preço em Campo Grande

Um supermercado de Campo Grande limitou a compra de pacotes de arroz por cliente e confirmou que o preço do grão sofreu aumento nesta quinta-feira (9). O motivo, segundo a gerência, é a situação do Rio Grande do Sul.

O supermercado Santo Antônio colocou um anúncio que limita a compra de 5 pacotes de arroz por cliente. A medida é específica para a marca Sabor do Sul, no entanto, o subgerente da unidade localizada no Bairro Maria Aparecida Pedrossian, Igor Feliciano Ferreira, garante que o controle será aplicado em todo o estoque de arroz.

 “O preço já subiu um pouco e fomos informados de que vai ter um novo aumento no valor de todas as marcas de arroz. Sabemos que vai subir ainda mais, mas ainda não temos a previsão de quanto vai subir”, relata.

Segundo o subgerente, das marcas que já apresentaram alteração no preço, o Tio João é o que teve o amento mais relevante. O pacote de 5 kg que custava R$ 39,90, é vendido a R$ 43,90, diferença de R$ 4. O Tio Lautério e o Dallas tiveram aumento menos expressivos, de R$ 2,00.

O próximo aumento deve ser anunciado nos próximos dias. “Esses aumentos são por conta da situação no Rio Grande do Sul, que é um dos maiores produtores de grãos”, explica.

Questionada sobre o aumento no preço do arroz, a Amas (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados) afirma que os valores não são regulados e que o comércio depende do gerenciamento interno de cada loja e estoque.

Sobre a possibilidade de escassez do produto, a Amas diz que há um problema em relação à logística porque os fornecedores não estão conseguindo seguir com as cargas. Confira a nota:

“Em relação ao abastecimento de produtos vindos do Rio Grande do Sul, a AMAS – Associação Sul-mato-grossense de Supermercados informa que, devido às enchentes, há um sério problema de logística, e consequentemente os fornecedores não estão conseguindo entrega-los, apesar de haver estoque”, pontua.