STF tem maioria para rejeitar ações que pedem fim de direitos políticos de Dilma
Petista manteve prerrogativa de disputar eleições e assumir cargos na administração pública
Agência Estado –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta sexta-feira (22), para rejeitar seis ações que questionam a manutenção dos direitos políticos da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) após o impeachment. Ela perdeu o mandato em 2016, mas o processo de impeachment foi dividido, o que permitiu que os senadores votassem de forma autônoma a cassação do cargo, por crime de responsabilidade, e a suspensão dos direitos políticos.
O resultado foi que a petista precisou deixar o Palácio do Planalto, mas manteve a prerrogativa de disputar eleições e assumir cargos na administração pública.
Dilma foi candidata ao Senado em 2018, mas não se elegeu, e hoje é presidente do NDB (Novo Banco do Desenvolvimento), o banco do Brics.
A ministra Rosa Weber, presidente do STF, é relatora dos processos e votou para rejeitar todas as ações.
Ela foi acompanha até o momento por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Dias Toffoli e Cristiano Zanin.
Rosa, única que apresentou voto escrito, argumentou que o impeachment é um processo político e que o tribunal não deve interferir na decisão do Senado.
“Importa ter presente o resultado das votações para reconhecer a discrepância de quantitativo de votos dados nas primeira e segunda votações, bem como a diversidade dos quesitos postos em votação, a não permitir sejam confundidos ou tomados pelo mesmo objeto. O quórum constitucional foi alcançado para a perda do cargo, enquanto tal não se verificou no que diz com a inabilitação, a afastar a razoabilidade da pretendida substituição, pela via judicial, do mérito realizado no âmbito do próprio Senado Federal”, defendeu.
Os ministros analisam ações que aportaram no tribunal ainda na época do processo de impeachment.
Mandatos de segurança
Ao todo, são seis mandados de segurança movidos pelo PSL, PSDB e Rede Sustentabilidade, pelo senador Magno Malta (PL-ES), pelo deputado José Medeiros (PL-MT) e pelo ex-senador Álvaro Dias (Podemos-PR) para anular a decisão que manteve os direitos políticos de Dilma e proibir votações separadas em processos de impeachment.
A Constituição estabelece que o presidente do STF conduza o processo de julgamento do Presidente da República por crime de responsabilidade. Na época, o ministro Ricardo Lewandowski, hoje aposentado do Supremo Tribunal Federal, assumiu a função. Foi ele quem autorizou, a pedido da bancada do PT, a votação em duas etapas.
O julgamento sobre os direitos políticos de Dilma ocorre no plenário virtual do Supremo. Faltam os votos de André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes.
Notícias mais lidas agora
- Família procura por irmãos de 5 e 7 anos que desapareceram no Jardim Leblon
- VÍDEO: carro de motorista por aplicativo pega fogo no Tijuca
- ‘Apenas vendedora’, diz ex-miss apontada como membro de quadrilha e acusada de estelionato
- Idoso de 70 anos morre na Santa Casa após cair em hélice de roçadeira em chácara
Últimas Notícias
Servidora da UPA Coronel Antonino é agredida com dois socos por acompanhante de paciente
Vítima trabalha no setor de radiografia e foi atingida por socos pela autora, que era acompanhante de um paciente
São Paulo é valente, busca empate com o Atlético-MG e garante vaga na Libertadores
Paulistas buscaram empate após estarem perdendo por dois gols de diferença
Opositores denunciam novo cerco de Maduro à embaixada argentina protegida pelo Brasil
Opositores venezuelanos que estão refugiados na embaixada da Argentina em Caracas denunciaram neste sábado, 23, que policiais venezuelanos cercaram a embaixada e bloquearam o acesso a rua onde está a representação consular
Homem sofre tentativa de homicídio no bairro Cidade Morena e corre risco de morte
Víitma foi encaminhada para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e já tria sofrido três paradas cardíacas
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.