O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou neste sábado (16) que 1.056 celulares foram apreendidos durante a segunda fase da Operação Mute. A ação foi realizada em diversos presídios no país.

Ainda na publicação feita na rede social X, o ministro homenageou o trabalho integrado da Polícia Penal Federal com as polícias estaduais, afirmando que a apreensão dos aparelhos enfraquece “o poder de comando das facções criminosas”.

Nesta semana, os presídios de segurança máxima em e foram alvos da operação. A operação teve início na segunda-feira, em ação promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) e dos governos locais.

No estado, os trabalhos são coordenados pela (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), por meio da (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e sua Gisp (Gerencia de Inteligência do Sistema Penitenciário).

Durante as ações, o passo inicial é interromper a comunicação com uso de tecnologia que embaralha o sinal e, em seguida, ocorre a busca aos aparelhos com revistas em pavilhões e celas.

No Presídio de Dourados, as vistorias iniciaram às 7h48 e contam com a participação de cerca de 70 policiais penais de , entre operacionais do COPE (Comando de Operações Penitenciárias), que atuam na retirada e contenção dos presos, e os servidores da penitenciária, que realizam as inspeções, além de integrantes da área de inteligência.

“A Operação Mute visa erradicar a comunicação ilegal em presídios, reduzindo os riscos associados à atividade criminosa organizada dentro e fora das prisões”, destaca o diretor-presidente da Agepen, policial penal Rodrigo Rossi Maiorchini.

Segundo o dirigente, já faz parte do trabalho da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul a realização de inspeções rotineiras nos presídios, bem como adoção de medidas para dificultar o acesso dos detentos aos ilícitos.

Primeira Fase

Em Mato Grosso do Sul, a primeira fase da Operação Mute ocorreu em outubro, resultando na apreensão de 187 celulares, com vistorias em sete presídios da capital e interior, com a participação de 161 policiais penais, sob coordenação da Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) e Diretoria de Operações da Agepen. Durante a ação, foram transferidos 16 internos.

Conforme a Senappen, no país foram apreendidos 1.166 aparelhos celulares, um revólver, armas brancas e substâncias análogas a entorpecentes. A revista geral ocorreu em 68 penitenciárias, de 26 estados.

Dez estados demostraram possuir rotina de controle efetiva com revistas frequentes e tiveram registro de zero celulares no interior das unidades prisionais. Ao todo, foram movimentados 55.919 presos.