A revista científica Nature elegeu a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, , como uma das 10 pessoas que mais contribuíram para “moldar a Ciência” em 2023. A lista, divulgada nesta quarta-feira (13), foi elaborada por editores da revista e contempla personalidades que estiveram à frente de trabalhos e descobertas consideradas mais surpreendentes nos últimos meses no campo da Ciência.

Marina foi escolhida por estar à frente dos trabalhos de combate ao da , que apresentou queda este ano, bem como no aumento da fiscalização e aplicação de multas contra quem comete crimes ambientais.

Ao lado da brasileira, figuram na lista da Nature nomes como Ilya Sutskever, responsável pela criação do ChatGPT; Svetlana Mojsov, que está por trás da elaboração do hormônio dos medicamentos Wegovy e Ozempic, que ajudam na perda de peso; e também Halidou Tinto e Thomas Powles, cujos trabalhos levaram, respectivamente, ao desenvolvimento da vacina contra a malária, e de drogas que ajudam a prolongar a vida de pacientes com câncer de bexiga em estágio avançado.

Revista destaca queda do desmatamento na Amazônia

A Nature destacou a queda de 43% do desmatamento da Amazônia entre janeiro e julho de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, e a redução de 22% do desmatamento do mesmo bioma registrada entre agosto de 2022 e julho de 2023 ante os anos anteriores.

“Esta foi uma mudança alta em relação aos quatro anos anteriores, que registraram um aumento acentuado neste tipo de alertas”, afirma a revista.

A Nature descreve também como “uma conquista importante” o lançamento, em junho, de uma nova versão do PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal), encerrado no governo anterior pelo então presidente Jair Bolsonaro.

“Entre janeiro e julho, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) emitiu 147% mais multas por crimes ambientais do que a média durante meses semelhantes entre 2019 e 2022”, acrescentou a Nature.

A revista lembrou também que a chefe da pasta ambiental já esteve ao lado do presidente Lula no mesmo cargo (entre 2003 e 2008) nos dois primeiros mandatos do petista e que ela contribuiu com a redução de 83% no desmatamento entre 2004 e 2012 da Amazônia, por meio do PPCDAm, já criado na época.

Embora o desmatamento na Amazônia esteja em queda, o Cerrado sofre com o aumento da devastação. De acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), do Ministério da Ciência e Tecnologia, aumentou o desmatamento do bioma entre agosto de 2022 (ainda sob gestão Bolsonaro) e julho de 2023, em comparação com o mesmo período dos anos anteriores.

Na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), Marina Silva defendeu a necessidade de o mundo eliminar a dependência dos combustíveis fósseis, e que os países precisam agir com urgência diante do aquecimento global.

Com informações da Agência Estado